Delegada linha-dura é fã de cães
Francini Moreschi Bergamini conta como é seu dia a dia com Billy e Cherie, que foram adotados e são os seus xodós
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Aos 43 anos, Francini Moreschi Bergamini se destaca como delegada da Mulher em Guarapari, enfrentando diariamente casos de violência e feminicídios. Se na rua ela é conhecida como delegada linha-dura, em casa seu coração amolece em razão do amor que tem pelos animais.
Billy, um shih tzu de 10 anos, e Cherie, sua nova companheira de 6 anos, ambos adotados, se tornaram parte fundamental de sua vida. Prova disso é que dormem no quarto da delegada, o que reforça a conexão que o trio possui.
“Eles passeiam comigo e tomam banho toda segunda-feira. Enquanto Billy já é bem treinado e faz suas necessidades no tapetinho em casa, Cherie ainda está aprendendo”, conta Francini.
Billy já enfrentou sérios desafios de saúde, incluindo um acidente que o deixou com a bacia quebrada. “Na época, tive que levá-lo para a delegacia para cuidar dele, já que ele não podia ficar sozinho por causa do trauma que tinha”.
Francini revela que desde jovem, sempre se opôs aos maus-tratos. “Não apenas com cães, mas com qualquer tipo de animal. Antes mesmo de assumir como delegada, não conseguia lidar com a ideia de ver abusos”.
No entanto, a natureza de seu trabalho, que lida com homicídios, feminicídios e crimes contra mulheres e crianças, limita sua capacidade de investigar casos de maus-tratos.
“Já estive em um plantão e precisei enviar policiais para apurar maus-tratos a um cavalo. Não consegui ir pessoalmente. Não tenho psicológico mesmo”.
Em entrevista ao jornal A Tribuna, ela conta a história de superação de Billy e mostra o quanto é importante ter amor pelos animais.
A Tribuna - Como você adotou o Billy?
Francini Moreschi Bergamini - O dono dele foi embora para os Estados Unidos e, após algumas tentativas de adaptação com outras famílias, a prima do meu marido me ofereceu ficar com ele. Na época, minha filha era pequena e a ideia de ter um cachorro parecia perfeita. No entanto, não imaginávamos que o Billy carregava traumas profundos.
Como eram os traumas?
Na primeira vez que saímos de casa e o deixamos sozinho, ele se automutilou, arranhou a porta e se babou todo. Descobrimos que ele tinha medo de ficar sozinho, algo que vinha de sua experiência anterior. Chamamos um adestrador, mas não deu certo. Procurei um veterinário para fazer uso de medicação e também não deu certo. Para garantir que ele não sofresse, precisávamos chamar minha sogra quase todo dia para ficar com ele enquanto estávamos no trabalho.
E como conseguiu resolver o trauma?
Nas viagens, deixávamos Billy com minha mãe, que também tem cachorro, e assim percebemos que ele se sentia melhor na companhia de outros cães. Foi então que ela sugeriu: 'Por que não adotar um segundo cachorro para fazer companhia ao Billy?'. Mas eu me questionava sobre o próximo cachorro também ter algum trauma. Porém, após seis anos de desafios, encontramos Cherie para adoção. Assim que ela chegou, o trauma do Billy passou. Hoje, Billy e Cherie são meus xodós.
ADOTE
Gatinhas
“Olá, somos duas gatinhas bem lindinhas. Temos 50 dias de vida neste mundão! Vermifugadas e desparasitadas. Leva a gente com você?” Protetora: Roberta (27) 99847-7602 ou @unidospelospetses.
Bella
“Modéstia à parte, meu nome está de acordo com o que eu sou: bela! Tenho 2 anos, porte pequeno/médio. Sou castrada e vacinada. Me adota?” Protetora: Roberta (27) 99847-7602 ou @unidospelospetses.
Shiva
“Que tal renovar a alegria em sua família me levando para morar com vocês? Sou Shiva, 2 anos, porte médio, castrada e vacinada. Protetora: Roberta (27) 99847-7602 ou @unidospelospetses.
Fubá
“Sou o caramelo mais charmoso que você vai ver hoje! Me chamo Fubá, tenho 2 anos, porte pequeno/médio. Sou castrado e vacinado”. Protetora: Roberta (27) 99847-7602 ou @unidospelospetses.
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