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Cidades

Turistas gaúchos não conseguem voltar para casa

Número de mortos chegou a 116 no Rio Grande do Sul


Imagem ilustrativa da imagem Turistas gaúchos não conseguem voltar para casa
Beatris Krieser, de 49 anos, psicóloga, e Marco Barbier, chef de cozinha, de 51 anos, vivem este momento. Os dois escutam notícias sobre o RS a todo momento e afirmam que uma tragédia como essa nos faz voltar a essência da vida, que é o cuidado, o amor, a acolhida das pessoas. |  Foto: Fábio Nunes/ AT

Do lado de cá, no Espírito Santo, também há turistas que convivem com a angústia de voltar para casa, no Rio Grande do Sul.

Entre eles está o casal gaúcho Beatris Krieser, de 49 anos, psicóloga e musicista, e Marco Barbier, de 51, chef de cozinha.

O casal chegou ao Estado na semana passada e, até agora, não conseguiu retornar para a Serra Gaúcha, por conta dos estragos provocados pelas enchentes. Eles moram em Cambará do Sul, que fica a 280 km de Porto Alegre.

Os dois voltariam no último domingo, mas, somente ontem, depois de ir ao Aeroporto de Vitória, conseguiram marcar o retorno, previsto para o próximo domingo.

“O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, continua debaixo d'água após as cheias que atingem o Rio Grande do Sul. Hoje (ontem) eu recebi postagem de lá com quase dois metros de água”, contou Marco Barbier.

Eles conseguiram mudar o voo e agendaram para Caxias do Sul (RS). “Graças a Deus, a nossa família está bem e em segurança, mas dá uma tristeza profunda por assistir toda a destruição no nosso estado. Não vemos a hora de voltar para casa. Muitos amigos de outras cidades perderam tudo”, contou Beatris.

Mesmo distante, eles acompanham tudo. “A situação é muito grave, jamais pensada. Muito maior em proporções do que a enchente de 1941, que foi histórica. Infelizmente, nós temos esse novo marco deste ano”, disse o chef de cozinha.

O casal agradeceu a rede de apoio, a demonstração de carinho das pessoas de todos os cantos e os gestos de solidariedade. “Tem gente que manda cinco litros de água e outras enviam 50 mil litros de água. Cada doação, sem distinção, é recebida com muita, muita gratidão mesmo”, disse Marco.

O casal, que é da Igreja Luterana, ainda quando era noivo, já esteve no Estado há 25 anos, em um congresso de jovens, em Guarapari.

“Há cinco anos os nossos filhos vieram para um congresso de jovens também em Guarapari. E, há dois anos, o meu irmão e a minha cunhada estão morando com a família aqui em Vila Velha, onde estamos hospedados”, contou a psicóloga.


Os números da tragédia

O número de desalojados por causa das tempestades no Rio Grande do Sul dobrou na última quinta (09), de acordo com a Defesa Civil.

Boletim divulgado pela manhã mostrava que havia 164.583 pessoas que tiveram de deixar suas residências por causa da inundação. No início da noite, a quantidade saltou para 327.105 vítimas.

O estado chegou ontem à marca de 107 pessoas mortas em decorrência das chuvas. Porém, esse número pode aumentar nos próximos dias, pois há um total de 134 desaparecidos e há um óbito em investigação.

A quantidade de feridos também dobrou na comparação entre os dois boletins. Pela manhã, havia 374 pessoas. No início da noite, eram 754.

Outras 68.519 pessoas estão em abrigos montados para socorrer as vítimas que não têm para onde ir.

Há ao menos 379 mil pontos sem energia e 452 mil sem água.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 327 mil alunos foram impactados. Até ontem, eram 954 escolas afetadas, 426 danificadas e 75 servindo de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), e atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Fonte: Defesa Civil.

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