Tamanduá Tatá, que passou por procedimento raro no ES, é transferido para o RJ
Animal foi resgatado em terras capixabas ainda filhote, em agosto de 2023
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Um tamanduá-mirim resgatado no Espírito Santo ganhou, na última semana, um novo lar: Tatá, como foi carinhosamente apelidado, agora faz parte de um zoológico do Rio de Janeiro, onde receberá cuidados específicos para o seu desenvolvimento e bem-estar.
Tatá foi resgatado em terras capixabas ainda filhote, em agosto de 2023. Na época, ele foi encontrado sozinho e levado para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), onde passou por um processo de reabilitação. Em janeiro deste ano, ele foi transferido para o Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari — onde passou por um processo de soltura branda.
Tatá foi resgatado em terras capixabas ainda filhote, em agosto de 2023. Na época, ele foi encontrado sozinho e levado para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), onde passou por um processo de reabilitação. Em janeiro deste ano, ele foi transferido para o Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari — onde passou por um processo de soltura branda.
“Esse método, adotado para readaptar animais à vida selvagem, consiste na transição gradual, com supervisão e suporte da equipe do parque, com a liberação diária para o animal explorar o ambiente ao redor até que se sinta independente”, explicou a guarda-parque Fernanda Severino.
No entanto, durante a adaptação, Tatá retornou para o parque com uma fratura possivelmente causada pelo ataque de um cão doméstico. Por causa do ferimento, localizado no membro torácico direito, o animal foi direcionado novamente ao Ipram, onde passou por uma cirurgia complexa e rara.
O médico-veterinário Fabrício Pagani, ortopedista e neurocirurgião que fez parte da equipe responsável pelo procedimento, afirma que o caso foi um desafio inédito. "Na literatura científica, são raros os registros de intervenções cirúrgicas desse porte em tamanduás-mirins. Realizamos uma tomografia completa do esqueleto para comparar o membro lesionado com o membro saudável, e a abordagem cirúrgica precisou ser adaptada especificamente para ele, dado o pouco conhecimento prévio sobre casos semelhantes", disse Pagani.
Após a cirurgia, Tatá recebeu alta médica, mas ficou com uma limitação no membro direito que precisaria de fisioterapia para a recuperação total. Além disso, o animal desenvolveu um comportamento manso pela relação próxima com os humanos — e, por isso, a equipe de especialistas concluiu que a reintegração na natureza não seria segura para ele.
Foi nesse momento que a busca por uma nova casa para o tamanduá teve início. De acordo com a zootecnista do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Julia Medeiros Mercado, o Estado não possui estrutura que atendesse as necessidades específicas de Tatá para o longo prazo.
Agora no Rio de Janeiro, o tamanduá vive em um ambiente controlado, onde terá a oportunidade de se adaptar com segurança ao seu novo lar. De terras capixabas, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) seguirá monitorando a adaptação de Tatá, recebendo atualizações periódicas sobre a nova fase da vida do animal.
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