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Cidades

Quarta idade: a nova geração dos “oitentões”

Idosos com 80 anos ou mais têm dado um show de vitalidade com prática de esportes, interação social e cuidados com a saúde


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Imagem ilustrativa da imagem Quarta idade: a nova geração dos “oitentões”
João Batista Costa, de 80 anos, e Dario Brum, de 84, não perdem uma aula de vôlei |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Eles estão correndo na praia, jogando vôlei com os amigos, dando um mergulho no mar, esbanjando vitalidade e desafiando o senso comum, que espera que os “oitentões” sejam  dependentes e fragilizados.

 É uma geração com 80 anos ou mais em que  a jovialidade está muito além da data de nascimento. É o caso do aposentado João Batista Costa,  que tem 80 anos  e pratica atividade física praticamente todos os dias da semana, inclusive aos sábado, quando os amigos resolvem jogar vôlei na praia. 

“Quem não faz exercício está perdendo. Vou  à praia todos dias e tomo um banho de mar antes de começar as atividades físicas. Isso faz muito bem! Faço isso desde quando  me aposentei e vim  morar na Serra”. 

No mesmo grupo de vôlei, quem também não perde uma aula é o aposentado Dario Brum, 84, mesmo sendo o futebol seu esporte favorito. “Sempre fiz exercício, principalmente futebol. Gosto de esporte até hoje. Quando tem um futebol, até me chamam para jogar ainda e também brinco de bola  com meu neto de 4 anos”.

João e Dario não são casos isolados. Segundo os especialistas, a faixa etária  acima dos 80 anos tem crescido e já  começam a surgir novas classificações para a velhice. A “quarta idade”, por exemplo, seria composta pela população que tem mais de 80 anos.

“O Brasil  está em um  rápido crescimento da população idosa,  é um dos países que tem esse crescimento mais acelerado. Isso é decorrente de muitos fatores,  entre eles as melhorias das condições de saúde e  de vida. Isso tem levado  as pessoas a viverem  mais”, destaca o geriatra Roni Mukamal.

A geriatra  Karoline Pedroti Fiorotti,  da Rede Meridional, ressalta que a medicina tem focado cada vez mais na independência dos idosos.

 “Melhoramos muito os tratamentos e prevenção,  que permitem uma longevidade maior. Com isso vamos ver, cada vez mais, idosos mais ativos.  São pessoas que fizeram escolhas muito boas durante a sua vida, se mantiveram com saúde adequada”, explica. 

Maior acesso à educação e mudanças nos hábitos de vida também têm contribuído para o aumento da população de “oitentões” no Brasil, segundo o doutor em Ciência e especialista e Fisiologia Clínica do Exercício Rodrigo Luiz Vancini, que também é pesquisador da Ufes. 

“A educação está intimamente ligada a melhores resultados de saúde e maior expectativa de vida, pois capacita as pessoas a tomarem  decisões mais assertivas sobre os cuidados em saúde”

Imagem ilustrativa da imagem Quarta idade: a nova geração dos “oitentões”
|  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Atualizada

A aposentada Eloylla Graça Loiola, 85, se considera uma pessoa bem antenada, usa redes sociais, vê notícias  e adora postar fotos da família, dos almoços.

“Sou muito ativa desde criança, toda vida gostei de fazer coisas. Gosto de ver notícias, esportes, novelas. Gosto de estar sempre atualizada. Mantenho a mente sempre trabalhando. Gosto de fazer cálculo de cabeça e ninguém me engana”, brincou. 

Eloylla conta que fazer cálculos de cabeça, com as placas dos carros, sempre foi um hobby que mantém a mente ativa.

“Meu único vício é beber água. Meu conselho é se cuidar desde já. Não deixar se abater, nem ficar acomodado ou acomodada com as coisas. Tente fazer coisas saudáveis, cozinhar, caminhar, para não perder a vontade das coisas”, aconselhou.

Foco nos exercícios

João Bosco Moscon tem  81 anos e contou que desde que, se lembra, faz e gosta de exercícios. “Exercício é fundamental! Hoje tenho  quatro hábitos que não abro mão e acho que são importantes para ter uma boa saúde em qualquer idade: alimentação, exercícios, meditação e socialização”, contou. 

Outro hobby que o aposentado jura que faz bem para a saúde é a pesca. “Eu relaxo, fico em contato com a natureza, é um momento para não pensar em nada. Hoje, a sociedade vive em um ritmo muito frenético. As pessoas se esquecem de  si mesmas, da família, dos valores. Hoje  posso fazer o que o sistema não me deixava quando eu era mais novo. Posso olhar para mim sem nenhum prejuízo”.

Envelhecimento ativo

é um conceito que envolve bem-estar físico, mental e social. Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), o envelhecimento ativo  é o processo de  otimização das oportunidades de saúde,  participação e segurança, com o objetivo de  melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. 

“Quarta idade”

Com o envelhecimento da população, começam a surgir novas classificações para a velhice. A quarta idade seria composta pela população que tem mais de 80 anos.

Não há uma validação científica do termo quarta idade. O conceito  é algo subjetivo.

Pela visão da gerontologia, a quarta idade é caracterizada por desafios e necessidades específicas da faixa etária. A pesquisa científica sobre esta fase da vida teria como foco a compreensão das mudanças fisiológicas, psicológicas, sociais e funcionais deste período.

Fonte: Especialistas consultados.

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