Projeto prevê “pipódromos” na Grande Vitória
Proposta de deputados é criar um espaço para a prática de soltar pipas, além de ampliar a multa para quem usa linha com cerol
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A criação de locais próprios para a prática de soltar pipa pelos “pipeiros” como modalidade esportiva pode se tornar realidade para cidades da Grande Vitória. É o que prevê um projeto apresentado na quarta-feira (23) na Assembleia Legislativa.
Além dos “pipódromos”, como estão sendo chamados, o projeto pode alterar o valor da multa para quem fabrica, comercializa ou usa linha com cerol ou linha chilena.
Atualmente, ela é de R$ 2.100, prevista na Lei 8.092, de 5 de setembro de 2005, mas pode chegar a mais de R$ 21 mil.
Os temas foram discutidos pela Comissão de Justiça da Assembleia em audiência pública com o tema “Linha chilena, cerol e outros riscos que o duelo de pipas provoca em ambientes públicos”.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Justiça, Mazinho dos Anjos, ressaltou que a ação buscou ouvir os atores envolvidos e interessados no tema.
“Esse foi um pontapé inicial. A partir de agora, um grupo de trabalho com representantes das entidades interessadas será montado para melhorar a legislação que já existe para buscar formas de regulamentar, junto com outros municípios, a respeito dos 'pipódromos', que serão áreas exclusivas onde acontecerão as competições de pipa”.
Não existe irregularidade em soltar pipa em área aberta e segura, mas é proibido o uso de linhas cortantes, como a chilena ou com cerol. Mazinho explica que a ideia é fazer tudo dentro das normas de segurança e frisa que a fiscalização será rigorosa.
“Teremos os fabricantes da linha esportiva cadastrados, juntamente com as associações de 'pipeiros' e com a fiscalização do poder público. Será semelhante à prática do tiro esportivo, onde se tem a regulamentação e a fiscalização”.
Prevenção
Os casos de acidentes com linhas chilenas ou linhas com cerol têm ganhado destaque no Estado.
Com o tema em alta, cada vez mais motociclistas buscam meios de se prevenir desse tipo de acidente.
O gerente de vendas da Moto Vena, em Vitória, Agnaldo Poppe, afirma que a procura pelas antenas corta-pipa cresceram nos últimos dias.
“Essa antena deve ser instalada no guidão da moto, em uma posição paralela ao rosto do motociclista, em uma altura ideal, sempre esticada. Além disso, estamos encomendando um protetor de pescoço com linhas de aço para dar ainda mais segurança”.
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