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Cidades

Professor e médica vão à Justiça após serem vítimas de fake news

Os dois foram vítimas de boatos na internet repassados para milhares de pessoas e pedem reparação dos danos causados


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Imagem ilustrativa da imagem Professor e médica vão à Justiça após serem vítimas de fake news
"Eu fui julgada, ameaçada, ofendida. Foi um trauma muito grande, e ainda vivo com ele. Não gosto de relembrar do fato” Lorena Pimentel Rodrigues, médica vítima de fake news |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Dor de cabeça, perda de credibilidade e morte. Até onde uma fake news pode chegar? O assunto ganhou repercussão com o caso da estudante Jéssica Vitória Canedo, jovem de 22 anos que tirou a própria vida após ser alvo de mentiras que apontavam um affair entre ela e o humorista Whindersson Nunes.

No Estado, uma médica e um professor também foram vítimas de notícias falsas e procuraram a Justiça para a reparação do dano causado. A médica Lorena Pimentel Rodrigues, de 40 anos, explicou que sofreu com a ação mentirosa em novembro de 2021, sendo a mentira espalhada para a “promoção política” do autor.

“Ele fez acusações falsas de que eu estava dormindo no meu plantão, sendo que era um direito meu ter um descanso pelo horário que eu estava trabalhando. Ele expôs, filmou, me assustou, entrou no repouso feminino sem aviso”, explicou, dizendo que o conteúdo foi visto por milhares de internautas.

Imagem ilustrativa da imagem Professor e médica vão à Justiça após serem vítimas de fake news
Jéssica Canedo se matou após mentiras sobre namoro com Whindersson |  Foto: Divulgação

Lorena disse que procurou uma assessoria jurídica no dia seguinte ao ocorrido, onde conseguiu uma liminar para retirar o vídeo das redes sociais do homem e proibiu qualquer divulgação do conteúdo, com pena de multa de R$ 2.000.

Na ação, a médica pediu reparação de indenização por danos morais e retratação do autor. O processo está em fase final na justiça.

“É um prejuízo psicológico muito grande as pessoas acharem que você é incompetente, que não é um bom profissional porque alguém te expôs de forma errada. Eu fui julgada, ameaçada e ofendida. Foi um trauma grande, e ainda vivo com ele. Não gosto de relembrar do fato”, comentou.

Já o professor entrou na Justiça para resolver uma falsa acusação de assédio. “Ele estava em uma festa com alunos maiores de idade. A festa ocorreu normalmente e um tempo passou até que um ex-aluno publicou que o profissional tinha tentado assediá-lo. Isso foi espalhado pela internet para todos os lados”, comentou Flávio Fabiano, advogado de Lorena, sobre esse caso que acompanhou.

O conteúdo foi retirado das redes sob pena de imposição de multa e foi feito um acordo de que o autor deveria pagar uma determinada quantidade de cestas básicas a uma instituição de caridade.

Ministro pede regulação das redes sociais urgente

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, repercutiu a morte de Jéssica Vitória Canedo, estudante de 22 anos que se matou após ter seu nome envolvido em uma conversa falsa na qual estaria flertando com o humorista Whindersson Nunes. Prints da mentira viralizaram na internet e ela passou a sofrer ataques dos internautas.

Em seu X, antigo Twitter, o ministro afirmou que a regulação das redes sociais é necessária. “A irresponsabilidade das empresas que regem as redes sociais diante de conteúdos que outros irresponsáveis e mesmo criminosos (alguns envolvidos na política institucional) nela propagam tem destruído famílias e impossibilitado uma vida social minimamente saudável”.

“Por isso, volto ao ponto: a regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório, sem o qual não há falar-se em democracia ou mesmo em dignidade. O resto é aposta no caos, na morte e na monetização do sofrimento”, finalizou.

Jéssica emitiu comunicados comentando sobre as mentiras. “O problema é que vocês estão passando completamente dos limites e por algo que eu não fiz”, afirmou a jovem, que sofria de depressão.

Outros casos

Morta por uma mentira

Imagem ilustrativa da imagem Professor e médica vão à Justiça após serem vítimas de fake news
|  Foto: Reprodução/Internet

No dia 3 de maio de 2014, no município de Guarujá, em São Paulo, após ser falsamente apontada como suspeita de praticar crimes contra crianças, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu por conta de um traumatismo craniano que foi provocado pelo espancamento em massa. Ela foi agredida por cerca de 100 pessoas.

Na época, divulgaram em uma página de rede social um retrato falado de uma suspeita de realizar rituais satânicos com crianças, e confundiram a suposta suspeita do retrato com a vítima. Fabiane morreu dois dias depois do linchamento.

Acusações falsas

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|  Foto: Reprodução/Internet

Daniel Picazo, ex-assessor da Câmara dos Deputados do México, foi vítima de fake news e morreu em junho de 2022. Ele foi acusado de estar em Papatlazolco, cidade mexicana, para sequestrar crianças.

A notícia foi espalhada em grupos de WhatsApp e, assim, Daniel foi encurralado por uma multidão de cerca de 200 pessoas.

Ele foi espancado, teve gasolina jogada em seu corpo e depois foi queimado.

Medo em escolas

Em abril, um adolescente foi apreendido em Minas Gerais por divulgar fake news sobre um suposto ataque à escola Estadual João Kopke, localizada no Triângulo Mineiro.

Ele criou um perfil no Instagram que continha frases como “espero que não demore este dia chegar”, “está confirmado o massacre”. Esse tipo de conteúdo acabou gerando preocupação para pais e estudantes.

Não só no Triângulo Mineiro, os boatos atingiram todo o Brasil, deixando a comunidade escolar assustada e prejudicando as aulas.

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