Pesquisa aponta que só metade dos passageiros usa cinto no banco de trás
Apenas 54% utilizam o equipamento, que é obrigatório, como a lei de trânsito determina. Seu uso evita até mortes
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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que quase metade das pessoas que andam no banco de trás dos carros não usam o cinto de segurança.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 – Acidentes, Violência, Doenças Transmissíveis, Atividade sexual, Características do trabalho e Apoio social, divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, e revelam que somente 54% dos passageiros que viajam no banco de trás dos carros utilizam o cinto de segurança.
O capitão Anthony Moraes Costa, chefe do setor de comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), afirma que o uso do equipamento de segurança é obrigatório, tanto para quem está nos bancos da frente do carro, quanto para quem está no banco traseiro.
“O artigo 162 determina que o condutor ou passageiro que deixar de usar o cinto de segurança comete infração grave, com penalidade de multa e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O valor da multa por infração grave é de R$ 195,23”.
Ele explica que, em caso de acidente, todos os passageiros de um veículo estão na mesma velocidade desenvolvida pelo automóvel e, em caso da ausência do cinto, as consequências podem ser graves.
“Para quem senta no banco traseiro e tem a falsa impressão de estar mais protegido pelo banco à frente, engana-se, já que a força de projeção pode lançá-lo fortemente contra o teto, banco ou, pior, contra a pessoa que está sentada à frente”.
Especialista em trânsito, Josimar Amaral disse que, caso o carro tenha uma desaceleração, o corpo do passageiro estará solto e as consequências da ausência do cinto de segurança podem surgir.
“Isso acontece não só em casos de colisões e acidentes. Durante uma simples desaceleração mais brusca no trânsito, onde o condutor, para evitar uma colisão, faz uma manobra, quem está sem cinto pode se ferir gravemente”.
Ele conta que, nesses casos, os corpos soltos vão se chocar com as partes internas do veículo.
“Em alguns casos, quando existe a ruptura da parte envidraçada do veículo, os corpos podem ser projetados para fora. Tudo isso potencializa os riscos de lesões cada vez mais severas, podendo acarretar até mesmo na morte do passageiro”.
6.762 são multados por infraçãoEm 2023, de acordo com os dados do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), no Espírito Santo foram 6.762 autos de infração para condutores que estavam sem o cinto de segurança.
Esse número corresponde a 3,62% das infrações registradas pelo BPTran em 2023, segundo o capitão Anthony Moraes Costa, chefe do setor de comunicação do BPTran.
“Infelizmente, é uma das principais infrações, sendo recorrente no cotidiano do trânsito urbano e até no rodoviário”, disse.
Para os passageiros que deixaram de utilizar o cinto de segurança foram 1.266 autos de infração.
Dados recentes revelam que, no comparativo dos três primeiros meses de 2024 com o mesmo período de 2023, os números diminuíram em cerca de 50%.
De janeiro a março de 2023, foram 2.234 autos de infração para condutores que deixaram de usar o cinto de segurança. Já para passageiros sem o cinto foram 319.
De janeiro a março deste ano, foram 1.105 autos de infração para condutores e 153 autos de infração para passageiros que deixaram de usar o cinto de segurança.
Saiba mais
Infrações do BPTran
- Janeiro a março de 2023
Condutor sem cinto de segurança: 2.234 autos de infração
Passageiro sem cinto de segurança: 319 autos de infração
- Janeiro a março de 2024
Condutor sem cinto de segurança: 1.105 autos de infração
Passageiro sem cinto de segurança: 153 autos de infração
- Cinto de segurança é um equipamento de uso obrigatório.
O artigo 162 determina que o condutor ou passageiro que deixar de usar o cinto de segurança comete infração grave com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Fonte: BPTran
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