X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

“Nova geração não está preparada emocionalmente”, diz especialista

Será que essa geração está preparada para o mercado? Para saber a resposta, a reportagem conversou com Jaime Ribeiro


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem “Nova geração não está preparada emocionalmente”, diz especialista
Jaime Ribeiro disse que a nova geração tem sede pelo conhecimento |  Foto: Divulgação

Novos desafios são criados a todo momento, em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico. Cada geração de colaboradores vai usufruindo das particularidades do seu tempo, que podem ser mais ou menos estressantes.

A sociedade passou, recentemente, por um grande marco, que foi o isolamento social devido à covid-19. Parte da Geração Z ingressou no mercado de trabalho de forma remota, sem sequer conhecer os colegas pessoalmente. Será que essa geração está preparada para o mercado?   

Para saber a resposta, a  reportagem conversou com Jaime Ribeiro. Ele é  especialista em gestão de negócios e marketing, autor de livros que abordam as competências socioemocionais e CEO da Educa, que é a edtech responsável pela construção de programas socioemocionais para escolas de todo o País.

A Tribuna - A Geração Z  está preparada para o mercado de trabalho?
Jaime Ribeiro - Está preparada para os trabalhos e desafios que exigem habilidades digitais e compreensão de como a tecnologia funciona, mas ainda enfrenta uma grande dificuldade quando se exige as competências humanas. 

A entrada dessa geração no mercado de trabalho foi diferente?
Parte desses jovens entrou no mercado na época do distanciamento social, devido à pandemia. Eles começaram a trabalhar de forma remota. 

Digamos que essa adaptação foi esquisita. Tinham momentos que eram coletivos, mas não eram presenciais. As interações no virtual não representam muito bem as interações no dia a dia.  

Quais são as competências que essa geração precisa desenvolver?
Ela precisa desenvolver habilidades socioemocionais como comunicação, cooperação, empatia, resolução de problemas complexos e aprender a lidar com a ansiedade. Uma das principais dificuldades  é a cooperação intersetorial. Além disso, a capacidade de frustração é muito baixa. Lida muito mal com o fracasso, com os erros. É necessário que se torne mais resiliente.   

Esses jovens estão trazendo alguma revolução para o mercado de trabalho? 
Por ser a geração nativa digital, tem maior potencial de construir o processo de transformação digital, com inclusão da inteligência artificial de forma mais sábia em nosso cotidiano.  

O que essa geração busca? 
Ela tem interesse pela prosperidade, pelo sucesso. Tem sede pelo co nhecimento, de aprender coisas úteis para a vida.  

Não querem profissões tradicionais, nem sonham em passar em concurso público. Querem empreender. Diferente da geração anterior, querem comprar apartamento, ter carro.  

Quais são os pontos favoráveis  dela para o mercado de trabalho? 
Para as empresas, ter a Geração Z e saber lidar com ela é muito importante para os seus consumidores de agora e do futuro. Não dá para ignorar as demandas da transformação digital. A agenda comum vai ajudar as empresas para que essa transformação  seja útil.

Esses jovens têm buscado o próprio conceito de sucesso ?
Eles estão se desprendendo do modelo de sucesso tradicional. Diferente dos Millennials, eles têm um pouco mais de apego ao mundo material. O que importa para eles é ser feliz executando a função que vai lhes trazer resultado. 

O que muda para o líder no mercado de trabalho atual?
Hoje em dia, um chefe tóxico, com redes sociais, pode ser muito facilmente denunciado. Então, os próprios gestores entendem que precisam ter mais cuidado para se relacionar no ambiente de trabalho. Mas quem vai te proteger de você mesmo? 

O líder não tem que estar preocupado em proporcionar o contato, o engajamento, a motivação da equipe. Hoje, ele tem que estar atento se as pessoas não estão sendo coagidos e se esgotando. Se a equipe começa a ficar com burnout, a performance vai para o buraco.

O que fazer para conseguir se manter emocionalmente saudável em um mercado de trabalho estressante?
É preciso autoconhecimento. Saber seus limites e se proteger de “estar performando o tempo todo”.  Criar mecanismos de descompressão, equilibrando a vida pessoal e profissional.

O que seriam esses mecanismos? 
São hobbies. Atividades que a pessoa gosta de fazer. Estudiosos falam de meditação, mas nem todos gostam. Pode ser passar  o tempo com os amigos, fazer atividades que tornem a rotina mais leve.

Não estou falando de pufe colorido, videogame e coisas para consumir à vontade na empresa. Do que adianta todo esse aparato, se os colaboradores que param para jogar são mal vistos?  Estou falando da separação da vida pessoal e profissional. 

Ser multitarefa é uma competência do homem do futuro? 
A nova geração está sendo condicionada a acreditar que só quem é multitarefa performa bem, é inteligente e capaz. 

Parece que ser multitarefa é a competência do homem do futuro. Para Byung-Chul Han, é o contrário, é uma capacidade primitiva. A competência do futuro é  a  atenção plena.

Reações diferentes ao lidar com  pressão

Imagem ilustrativa da imagem “Nova geração não está preparada emocionalmente”, diz especialista
Rossandro: atenção ao choro |  Foto: Divulgação

Cada ser humano é único e em uma equipe de profissionais, cada um reage do seu jeito às situações estressantes. O estresse pode envolver agitação extrema, inquietação, angústia, cansaço físico e mental, conforme diz a psicóloga  Monique Nogueira. 

“A raiva também pode estar associada. Uma pessoa estressada é uma pessoa sobrecarregada, o que leva a explosões, muitas vezes”, explicou Monique. Há profissionais que em situações extremas batem  na mesa, choram ou ficam doentes, por exemplo.

O  educador, psicólogo, palestrante, Rossandro Klinjey, detalhou que o trabalho envolve seres humanos e que esse tipo de situação pode acontecer.

No caso do choro, por exemplo, explicou que a empresa tem de ver se o que foi feito foi muito ruim ou se o profissional está muito fragilizado. “Outras pessoas choraram ou foi só 'Pedro'? A pessoa que faz  a gestão tem de perceber como as pessoas funcionam”. 

Para ele, a reação de incômodo da sociedade ao choro mostra que as pessoas não estão acostumadas a lidar com emoções humanas.

“Quando não sei lidar com a emoção do outro, também não sei lidar com essa emoção em mim. Se eu choro, vou olhar como algo completamente humano. Chorar não é fraqueza, é uma reação humana”, diferenciou.  

Ele detalhou que quando se trata de um dia ruim, o próprio colaborador pode explicar: “É um dia difícil para mim. Nada que está sendo dito aqui é um absurdo”. 

Melhorar a comunicação entre as pessoas, segundo ele,  é muito importante para melhorar o clima no trabalho. “Grande parte dos problemas é ruido na comunicação”, alertou.

Leia mais:

Leia mais notícias de Economia aqui

Servidores do ES terão 5% de aumento de salário a partir de abril

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: