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Cidades

Natal especial para casal do ES após barriga solidária

Débora Caprini e William Pinheiro comemoram poder passar a data com Maria Júlia, gerada no útero de uma amiga


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Imagem ilustrativa da imagem Natal especial para casal do ES após barriga solidária
Débora Caprini e William Pinheiro com Maria Júlia: espera de seis anos para realizar o sonho de serem pais |  Foto: Divulgação/WA PhotoDesign - Fotografia de Família

Após enfrentar uma série de desafios, incluindo o diagnóstico de câncer e dificuldades para engravidar, um casal de Anchieta encontrou esperança e apoio em uma amiga de longa data, que “emprestou” a barriga para a gestação.

É que depois de seis anos esperando, a enfermeira Débora Caprini, 37, e o empresário William Pinheiro, 37, vão passar o primeiro Natal especial, agora com a Maria Júlia no colo.

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“Será um Natal como sempre sonhei. Todo Natal era uma tristeza, porque é um momento em família, e a nossa faltava esse sonho, de ter nossa própria filha”, destaca Débora.

Imagem ilustrativa da imagem Natal especial para casal do ES após barriga solidária
maria júlia está com 2 meses |  Foto: Divulgação/WA PhotoDesign - Fotografia de Família

A menina, que nasceu há dois meses, já é a maior alegria e sinônimo de amor para o casal, que será para sempre grato à empresária Mariana Guerra, de 38 anos, por “emprestar” sua barriga para a gestação.

“Ela foi nossa barriga solidária e só temos uma palavra que representa essa ação, que é gratidão. Gratidão à família dela também, que foi apoio ao longo de toda a preparação, a gestação e após o parto também”, lembrou William.

Débora e William, que estão juntos há mais de uma década, desejavam ter um filho. No entanto, a esperança foi abalada quando Débora recebeu o diagnóstico de câncer no colo do útero.

A situação exigiu uma cirurgia de traquelectomia radical, na qual seu colo do útero foi totalmente removido. O impacto emocional desse diagnóstico foi enorme, mas o casal não desistiu.

Após a cirurgia, surgiu um novo desafio, e Débora descobriu que também tinha endometriose, adenomiose, cisto no ovário direito e trompa direita obstruída.

Essas condições complicaram ainda mais a possibilidade de uma gestação natural. Para Débora, que sempre sonhou em ser mãe, essa descoberta foi devastadora, sendo até mais difícil de lidar do que o próprio diagnóstico de câncer.

Antes de Mariana Guerra, a irmã de Débora, Thais Caprini, também tentou por três vezes ser a barriga solidária, mas o bebê não vingava.

Mariana é uma amiga de infância de Débora e tem duas filhas, Maria Cecília e Ana, e ao presenciar a luta dos amigos em busca do sonho da maternidade, tomou a decisão de mudar suas vidas para sempre: ela ofereceu emprestar sua barriga para a gestação de Maria Júlia.

ENTREVISTA | “Para Deus nada é impossível”, pai de Maria Júlia

Após nove meses de esperança, a felicidade finalmente chegou à vida do casal Débora Caprini e William Pinheiro. Maria Júlia, que nasceu trazendo alegria e realizações aos corações de todos os envolvidos, é a certeza de que tudo aconteceu no momento certo.

A Tribuna Em algum momento vocês quase desistiram?

William Pinheiro - Por vários momentos. Desde 2017 nessa luta. Tentamos três vezes na Thais, a irmã da Débora, e não deu certo. Então, chegamos a desanimar. Mas sempre confiando em Deus de que nossa hora ia chegar. E 2023 foi nosso ano, e terminamos com nossa bebê nos braços.

Débora, por ser enfermeira, também auxiliou no parto?

Débora ajudou na hora do parto. Foi uma cesariana, e quando a bebê já tinha nascido, a médica chamou a Débora, que finalizou o procedimento, e depois de alguns minutos ela já estava amamentando. Foi emocionante, foi algo que nunca imaginamos.

Imagem ilustrativa da imagem Natal especial para casal do ES após barriga solidária
Momento do nascimento de Maria Júlia. Débora ajudou no parto |  Foto: Divulgação/Natassia Augusto

Como estão os cuidados com a Maria Júlia?

Cada dia é uma descoberta diferente. Depois de tanto tentar, não reclamamos de nada. Na rotina do sono, na amamentação, Débora e eu só agradecemos. Débora diz que a cada hora que tem que levantar, já levanta agradecendo a Deus. Não existe um manual para cuidar de criança, porque são diferentes em muitos momentos.

E qual o recado que deixa para os pais que sofrem com as tentativas de engravidar?

Nessas tentativas por um filho, as pessoas sofrem muito caladas. Então, parece que isso só está acontecendo com você. Precisamos de mais informações, porque para Deus nada é impossível. Não podemos desistir. Que Deus abençoe as famílias e os casais que tentam filhos. 2024 pode ser o ano de vocês! Lembrem-se disso.

Amiga será madrinha do bebê

Imagem ilustrativa da imagem Natal especial para casal do ES após barriga solidária
Débora com Mariana: amizade |  Foto: Divulgação/Natassia Augusto

Aos 38 anos de idade, a empresária Mariana Guerra, casada com o também empresário Ciro Nunes, de 35, tem duas filhas, Maria Cecília, de 7 anos, e Ana, de 3.

Mariana conta que gestar Maria Júlia para o casal de amigos foi um história linda, que ficará marcada para sempre. E de barriga solidária, Mariana e Ciro também se tornaram padrinhos da Maria Júlia.

“Gestar Maria Júlia me fez sentir a serviço da vida, entregar meu melhor a um sonho tão bonito e uma história de amor, persistência e fé. Me sinto privilegiada por tudo que vivemos neste 2023, sentir meu corpo abrigando uma vida tão desejada foi um presente, uma honra”, declara ela.

Para Mariana, a história que virou reportagem é também um desejo que outros pais que enfrentam a mesma situação possam ter no coração a esperança de alcançar o sonho de ter um filho. “Desejo que nossa história chegue a cada pessoa com dificuldade de engravidar e seja um sopro de esperança”.

A empresária também relata a importância da família ter apoiado sua decisão de ser barriga solidária. “Me sinto a pessoa mais abençoada da vida por ter um marido e filhas que tornaram esta caminhada ainda mais cheia de amor, cuidado e cumplicidade. Eles foram minha base. Minhas filhas conversavam muito com Maria Júlia, dizendo 'Maria Júlia, você é muito amada, e quando nascer vai para sua casa, mas nos veremos sempre, fica tranquila'. Foi a maior experiência de amor sem pertencimento que pude viver, foi lindo”.

Mariana foi barriga solidária do casal porque os dois não puderam gestar. Maria Júlia é filha biológica de Débora e William, com o material genético deles, que foi fecundado em um laboratório de Vitória e transferido para o útero de Mariana por fertilização in vitro.

Para ser barriga solidária, Mariana passou por um processo de aceitação de médicos, que envolveu desde exames a acompanhante com psicólogos. No Brasil é proibido cobrança para ser barriga solidária.

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