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Cidades

Mercado de trabalho: Metade dos jovens está com emprego informal

Segundo o Ministério do Trabalho, a maioria da faixa etária até 24 anos exerce ocupações de baixa qualificação ou remuneração


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Imagem ilustrativa da imagem Mercado de trabalho: Metade dos jovens está com emprego informal
Longe de estar no grupo conhecido como “nem-nem”, João Felipe Souza Rodrigues, de 24 anos, viu na produção e venda de brownies uma chance de conseguiu renda extra. “Eu trabalhava na área administrativa, mas o Brownie do João começou com a venda de brownie na faculdade e no serviço. Depois, eu e minha mãe começamos a investir na especialização do produto”. O que começou na informalidade, hoje é um negócio. “Produzimos os brownies criativos e inovadores”. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Com dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, quase metade dos jovens no Estado que têm uma ocupação está na informalidade.

Em um raio-x dos jovens no mercado de trabalho, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 289 mil jovens entre 14 e 24 anos estão trabalhando. Do total, 135 mil não atuam no mercado formal.

No País, o cenário é semelhante: a população ocupada na faixa etária entre 14 e 24 anos é de 14 milhões, sendo que 45% trabalham na informalidade, segundo o levantamento.

Dados do Ministério do Trabalho ainda destacam que do total de jovens ocupados, apenas 12% atuam em ocupações técnicas, atividades culturais ou da informática e comunicações, que têm menor taxa de informalidade.

A maioria exerce ocupações de baixa qualificação ou remuneração. Entre as mais frequentes estão trabalhadores de controle de abastecimento e estoques, escriturários gerais, repositores de prateleiras, caixas e expedidores de bilhetes, recepcionistas, balconistas, vendedores de loja, e outras.

O doutor em Geografia e diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, pontuou que esse período da vida do jovem, até 24 anos, é marcado pela baixa experiência profissional.

“Temos que considerar ainda que ao longo dos últimos anos passamos por momentos difíceis do ponto de vista da educação, com a pandemia da covid-19. Isso impactou o ensino de maneira geral”.

Lira ressaltou que a formação dos jovens também foi impactada e, consequentemente, a inserção deles no mercado de trabalho. “Há necessidade de ter uma cultura e políticas públicas voltadas para inserção desse grupo no mercado”.

O superintendente regional do Trabalho no Espírito Santo, Alcimar Candeias, salientou que, historicamente, os jovens têm uma dificuldade maior na obtenção do primeiro emprego.

“As empresas, em regra, buscam pessoas que têm um grau de instrução, mas valorizam a experiência profissional. Isso, muitas vezes, gera uma dificuldade maior para esses jovens ingressarem no mercado formal. Por isso que os governos às vezes adotam programas especiais, como já ocorreu, voltados para o primeiro emprego”.

Os números

5 mil jovens no Estado trabalham na informalidade

46,7% é o percentual de informalidade entre os jovens ocupados


Saiba mais

Onde estão os jovens do Estado

- De 15 a 29 anos

Trabalhando e frequentando escola: 139 mil.

Trabalhando e não frequentando escola: 362 mil.

Não ocupados e frequentando escola: 219 mil.

Não ocupados e não frequentando escola: 157 mil.

- Nem-nem

17,9% das pessoas entre 15 e 29 anos no Estado não estavam trabalhando e nem estudando em 2023.

- Por sexo

Homens: 12,5% não trabalham nem estudam.

Mulheres: 23,4% é a taxa das que não trabalham e não estudam.

Opiniões

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