Médico que matou esposa e forjou acidente irá a júri
Julgamento acontecerá na nova sede do Fórum Criminal de Vitória
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O médico Celso Luís Ramos Sampaio irá a júri na próxima quinta-feira (13) acusado de matar a então companheira, a pedagoga e miss pomerana Rayane Luiza Berger, morta aos 23 anos, na zona rural de Santa Maria de Jetibá. O julgamento acontecerá na nova sede do Fórum Criminal de Vitória (localizado na Avenida Fernando Ferrari, n.º 1000).
Por questões de segurança, a defesa do acusado pediu transferência do julgamento para Vitória, que anteriormente estava marcado para acontecer no município de Santa Maria de Jetibá, onde o crime teve grande repercussão.
O médico poderá ser condenado por homicídio qualificado (por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima e em situação de violência doméstica – feminicídio).
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 6 de junho de 2015, próximo ao distrito de Alto Rio Posmosser, na zona rural de Santa Maria de Jetibá, Região Serrana do Espírito Santo. Na ocasião, o médico teria dopado a companheira com medicamento de uso controlado e proferido golpes com objeto contundente, causando ferimentos na nuca da vítima.
Em seguida, o réu colocou Rayane em um veículo e forjou um acidente automobilístico. No dia seguinte ao crime, ciclistas avistaram o automóvel, em que a vítima estava submerso num rio ao lado da estrada e acionaram os Bombeiros Voluntários. O corpo de Rayane foi encontrado no carro, no banco do carona, sem cinto de segurança e com ferimentos na região da nuca.
O veículo estava com todas as portas trancadas, sem marcas de frenagem e sem os airbags acionados, o que levantou a hipótese de que não havia sido um acidente. Com isso, as investigações apontaram que o crime foi premeditado e planejado por Celso Luís.
Denúncia
O casal tinha um relacionamento conturbado, já haviam separado e reatado diversas vezes, e tinham conhecimento de traições recíprocas. Porém, uma das traições teria sido o motivo de Celso Luís planejar e executar o crime contra Rayane.
Na denúncia, o MPES ainda detalha a cronologia dos fatos a partir das observações de câmeras de segurança e resultados periciais. Acrescenta, também, que o réu estava cumprindo pena de 16 anos de reclusão por outro crime (homicídio contra um colega de profissão).
Diante dos fatos, o MPES reitera o compromisso de atuar no plenário deste júri em defesa da sociedade e da vida das mulheres, atuando pela condenação do réu.
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