Médico do ES baleado no Rio fala sobre recuperação em CTI: "Nasci de novo"
Marilton Vaz foi atingido enquanto voltava de um culto com o pai e o filho caçula na véspera de Natal
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O ortopedista Marilton Vaz, baleado no Rio de Janeiro na véspera de Natal do ano passado durante um confronto entre policiais militares e criminosos, falou pela primeira vez sobre a sua recuperação.
O médico, que atendia no Espírito Santo, foi atingido por uma bala de fogo na Avenida Brasil enquanto voltava de um culto com o seu pai, o pediatra Mário Vaz, de 80 anos, e o filho caçula. "Após vivenciar uma tragédia, tenho experimentado uma significativa transformação em minha vida", contou Marilton em uma publicação em uma rede social.
O texto, publicado nesta segunda-feira (22), é a primeira publicação do perfil criado pelo médico para compartilhar detalhes sobre a sua reabilitação. Na biografia, ele afirma que nasceu de novo. "Hoje começo a minha jornada no Instagram. Que aqui seja um lugar de alegria por cada conquista que teremos pela frente", escreveu.
Marilton compartilhou, que no incidente, a bala acabou atingindo o seu pescoço. "Uma bala atingiu a região do meu pescoço fazendo lesões na traqueia, esôfago e coluna C7". Ele disse, ainda, que já passou por diversos procedimentos cirúrgicos e terapêuticos na CTI, onde segue internado desde então.
"Estou internado em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) para tratamento de trauma. Passei por 3 cirurgias e vários procedimentos terapêuticos. Tenho melhoras todos os dias, mas enfrento muitos desafios também", contou.
Segundo ele, o objetivo é, através da sua história, incentivar e ajudar outras pessoas. "Quero ajudar pessoas com aquilo que eu estou vivendo! [...] Acredito que não importa o tamanho das limitações, você pode lidar com elas e vencer. Ser transformado a cada dia, como me vejo sendo transformado", completou o ortopedista.
Relembre o caso
O ortopedista Marilton Vaz, de 44 anos, seu pai e seu filho caçula estavam saindo de uma celebração de Natal no dia 24 de dezembro do ano passado quando a tragédia aconteceu. Na ocasião, além dos médicos, ao todo nove pessoas ficaram feridas.
Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, momentos antes do tiroteio, agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) avistaram um carro em atitude suspeita saindo do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio e, ao determinarem ordem de parada, os suspeitos realizaram disparos de armas de fogo contra os policiais.
Ao menos três veículos que passavam pelo local no momento e uma viatura da polícia foram atingidos, além de partes do HFB, para onde os feridos foram levados. Após os disparos, os suspeitos conseguiram fugir.
De acordo com informações do hospital, o ortopedista Marilton Vaz foi baleado no pescoço, na região cervical. Já o seu pai, o pediatra Mário Vaz, levou um tiro de raspão na cabeça, foi atendido e liberado sem risco de vida.
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