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Cidades

Lesionada em acroyoga: "Tenho muita fé que vou conseguir voltar a andar”

As cicatrizes no pescoço e a cadeira de rodas não foram capazes de tirar o sorriso e a esperança da terapeuta e fotógrafa.


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Imagem ilustrativa da imagem Lesionada em acroyoga: "Tenho muita fé que vou conseguir voltar a andar”
Lindalva é terapeuta, fotógrafa e espera voltar a dar aulas de ioga após tratamento para recuperar movimentos |  Foto: Fábio Nunes/ AT

Há menos de um mês, exatamente no dia 24 de janeiro, a terapeuta e fotógrafa Lindalva Firme Guedes, de 32 anos, viu a sua vida se transformar completamente após sofrer um acidente durante uma aula experimental de acroyoga, que combina ioga e acrobacia, em Vitória.

O intuito do exercício é que os praticantes consigam trocar de postura sem que a pessoa que está em cima, ou seja o voador, como é chamado, coloque o pé no chão.

Praticando o exercício com outra pessoa, Lindalva sofreu uma queda e faturou duas vértebras da coluna cervical ao tentar fazer uma das manobras pela primeira vez. “Perdi o movimento do corpo após queda em aula de ioga”.

Ela parou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas e encontra-se em uma cadeia de rodas. Mas comemora cada movimento recuperado, embora saiba que é um processo lento. Os braços se movem naturalmente, mas as mãos ainda têm movimentos limitados.

Quase um mês depois do acidente durante uma aula de acroyoga, ela contou sobre o que aconteceu e a luta para recuperar os movimentos.

A Tribuna- Desde quando pratica ioga?

Lindalva Firme Guedes- Há mais de oito anos. Trabalhei por muito tempo como bancária, com uma vida muito estressante, e descobri na ioga uma espécie de válvula de escape. Saí do banco com o propósito de mudar de vida e, no ano passado me formei como instrutora de ioga. Já estava começando a dar aulas.

No dia 24 de janeiro, eu resolvi participar de uma oficina de acroyoga. Era uma aula experimental que paguei para fazer, depois que vi o anúncio de uma professora que já tinha feito ioga no passado.

Já praticava essa modalidade?

Não. Sempre fiz a ioga clássica, mas resolvi experimentar.

E como foi o acidente?

Eu fui executar um movimento que a professora havia demonstrado. Não consegui segurar e nem a moça que estava embaixo. Então eu fui pra trás e caí de cabeça. Na hora a professora e a assistente não estavam olhando.

Chegou a desmaiar?

Não. Quando eu caí, já deixei de sentir tudo do pescoço para baixo. Graças a Deus, fiquei lúcida e respirando, pois dizem ser comum a falta de ar no caso de lesão medular. Eu consegui pedir a todos que não mexessem em mim e para ligar para o Samu. Eu não sentia os dedos do pé e da mão, nada.

Foi socorrida para onde?

Fui para o Hospital São Lucas, pois não tenho plano de saúde. Fiz a tomografia lá e identificaram a fratura na cervical, na vértebras C6 e C5. Fiquei cinco dias na UTI e até os médicos se surpreenderam, pois não tive nenhuma complicação. Depois fiz a cirurgia para fixação das vértebras através de 10 pinos na cervical.

E, desde a alta, o que mudou na sua vida?

Mudou tudo. Estou hoje morando com meus sogros, contratamos uma cuidadora de dia e estou usando fralda, pois perdi o controle pélvico. Eu e meu marido paramos nossa vida por causa desse tratamento.

Um ponto positivo, que sempre procuro ver, é que tem voltado alguma sensibilidade nos pés. Além disso, com a fisioterapia, já consegui recuperar algum movimento dos braços, mas as mãos ainda não têm muita força. Sei que é uma recuperação lenta. Não temos como prever como será essa retomada, mas tenho muita fé e esperança que vou conseguir. Mesmo após o acidente, meu sonho é poder voltar a dar aulas de ioga.

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