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Cidades

Jovem que foi internada após cheirar pimenta tem lesão irreversível

Segundo o médico da UTI onde a jovem está internada, Thais pode melhorar, mas provavelmente não conseguirá retomar suas atividades habituais


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Imagem ilustrativa da imagem Jovem que foi internada após cheirar pimenta tem lesão irreversível
Segundo o médico da UTI onde a jovem está internada, Thais pode melhorar, mas provavelmente não conseguirá retomar suas atividades habituais |  Foto: Acervo Pessoal

A jovem que foi internada após cheirar pimenta teve uma lesão irreversível no cérebro. É o que afirma o Rubens Dias, médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Anápolis. A lesão da trancista Thais Medeiros de Oliveira, 25, foi causada por falta de oxigenação no cérebro. A informação é do G1.

"O que ela teve foi um período que o cérebro não tem oxigenação devida, porque o coração não estava bombeando sangue para o corpo. E ele gera uma lesão que é irreversível e tem um potencial de gravidade muito grande", explica o médico ao portal de notícias. 

O médico ainda detalhou que a lesão aconteceu após a parada cardíaca que a jovem teve. Segundo ele, Thais pode melhorar, mas pode não conseguir "voltar à total normalidade". 

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"Em relação ao prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. O que a gente tem de perspectiva é que, voltar às atividades normais dela, isso dificilmente vai acontecer. O cérebro pode ter uma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais, infelizmente, não", detalhou o médico.

Entenda o caso

A trancista Thaís Medeiros de Oliveira, de 25 anos, sofreu uma lesão cerebral irreversível após ter uma reação alérgica ao cheirar um vidro de pimenta em conserva durante um almoço na casa do namorado em Anápolis, Goiás. Ela estava internada na UTI da Santa Casa de Anápolis desde 17 de fevereiro e foi transferida para um quarto de enfermaria na semana passada.

A lesão foi causada pela falta de oxigenação no cérebro de Thais, que levou a um edema cerebral e lesões no órgão. A jovem deve ser transferida para um centro de reabilitação, mas o médico responsável pela avaliação afirmou que ela provavelmente não conseguirá retomar suas atividades habituais.

De acordo com médicos da Santa Casa de Anápolis, a crise alérgica de Thais foi agravada pela asma, uma doença pulmonar crônica, o que levou a uma parada cardíaca e a falta de oxigenação no cérebro. Tanto a asma quanto uma reação alérgica grave podem levar ao broncoespasmo, que contrai as vias aéreas e dificulta a passagem de ar para os pulmões. Se não tratada rapidamente, a parada respiratória pode levar a uma parada cardíaca.

Thais tinha bronquite, asma e sofria crises alérgicas com frequência. Antes de viajar para a casa do namorado, ela já havia tido um episódio asmático. A jovem sentiu falta de ar, tosse e vermelhidão na pele, mas os sintomas passaram. Embora ela e a mãe costumassem temperar a comida com pimenta em casa, a pimenta nunca havia desencadeado uma crise alérgica na jovem antes.

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