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Cidades

Fraude financeira: bandidos usam números iguais aos de bancos

A orientação nesses casos é desligar imediatamente a ligação e fazer contato com a instituição bancária por outro aparelho telefônico


Imagem ilustrativa da imagem Fraude financeira: bandidos usam números iguais aos de bancos
Bandidos tentam conseguir informações confidenciais das vítimas se passando por funcionários de bancos |  Foto: Freepik

Era 16h48 da última terça-feira, o telefone celular tocou. Nos contatos, aparecia o número da agência bancária onde uma dona de casa tem conta.

Achando que estava falando com um funcionário do banco, que sabia exatamente todos os dados da cliente, ela ouve um alerta de uma suposta fraude.

Depois de uma conversa de seis minutos, a dona de casa suspeitou que era um golpe e falou que não daria continuidade à ligação, pois no dia seguinte iria procurar a agência bancária e conversar pessoalmente com o gerente.

O golpista ainda insistiu para ela falar com um gerente de cancelamentos pelo telefone, fazendo ameaça que o dinheiro – R$ 4.900 – poderia ser compensado durante a noite, mas ela não cedeu e disse que iria ligar para o gerente da sua agência.

Ontem, a dona de casa ligou para a agência bancária, pelo menos número que no dia anterior recebeu o telefonema. A funcionária confirmou que foi uma tentativa de fraude e que outras pessoas tinham sido vítimas, sobretudo idosos.

Ela não explicou como é o golpe, mas informou que a polícia está investigando. Nesse caso, a vítima escapou, diferente de outras que não tiveram a mesma sorte.

Essa é apenas uma das estratégias mais sofisticadas para o que também é chamado de “golpe da mão fantasma”. Os criminosos também usam números iniciados em 0800 e 4000 para dar maior aparência de veracidade aos ataques.

O titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), delegado Fabiano Alves Azevedo de Melo, estima que, por dia, pelo menos uma vítima procura a Polícia Civil no Estado para denunciar um tipo de golpe financeiro.

A própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que, com a sociedade cada vez mais digitalizada, os bandidos estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como, por exemplo, o da falsa central telefônica.

“Os golpistas estão enviando mensagens de SMS para o cliente ou em aplicativos informando sobre uma transação suspeita de valor alto em uma compra no varejo, solicitando que ele entre em contato com uma suposta central de atendimento para esclarecer a questão”.

Orientação é desligar o telefone

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) garante que a melhor forma de se proteger de uma tentativa de golpe é a informação. Além disso, orienta ao cliente que ao receber uma ligação suspeita, desligue.

“Para que o cliente possa se proteger e evitar a engenharia social, a Febraban e seus bancos associados têm investido em campanhas de conscientização e esclarecimento por meio de ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais”.

Além disso, o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, alertou que o cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone 0800 recebidos através de SMS ou por outras mensagens.

Ele esclarece que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas ou token.

“Também nunca ligam e pedem para que clientes façam transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação”, ressaltou.

“Desligue se pedirem para digitar senha ou qualquer dado em seu telefone. Ao receber uma ligação suspeita, desligue e de outro telefone, ligue para os canais oficiais de seu banco”.

Segundo a Febraban, os bancos atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação de criminosos virtuais.


Alguns tipos de golpes

Acesso remoto ao smartphone

- Número da agência bancária

Golpistas estão burlando o identificador de chamadas telefônicas para se passar por bancos e aplicar fraudes, inclusive com o próprio número do banco.

Assim, ao receber a ligação, o cliente visualiza o número da sua agência da forma como tinha salvo na própria agenda do telefone.

Para isso, os golpistas usam programas e sistemas que permitem alterar o ID do originador de chamada, colocando inclusive o número de uma instituição.

Exemplos

- No spoofing, os bandidos usam técnicas para falsificar o número de telefone da agência.

No golpe da mão fantasma, um programa de acesso remoto garante aos criminosos controle sobre o smartphone e, por consequência, o aplicativo do banco. Ele permite aos golpistas buscarem senhas de acesso ao banco registradas em bloco de notas, e-mails e mensagens no WhatsApp ou efetuarem transferência via Pix.

- Golpe do 0800

Com o golpe da falsa central telefônica, os criminosos enviam mensagens de SMS para o cliente ou em aplicativos de mensagem informando sobre uma transação suspeita de valor alto em uma compra no varejo, solicitando que ele entre em contato com uma suposta central de atendimento.

No texto da mensagem aparece um número 0800, que supostamente seria uma central telefônica de um banco ou de uma área de cartões de crédito.

O golpista usa o nome de alguma instituição financeira em mensagens como: “compra aprovada em um determinado valor em alguma loja do varejo conhecida”. Dizem que para confirmar, o cliente deve digitar o número 1, mas que caso desconheça a transação, deve ligar para uma central de 0800.

Como a compra é falsa, ao ligar para a falsa central, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. E que para resolver o assunto, o consumidor deve fazer uma transação para regularizar o problema, ou ainda pede dados pessoais.

- Outra variante do golpe

Outra situação que vem sendo usada pelos criminosos é ligar para o cliente e dizer sua conta está sendo fraudada por um colaborador do próprio banco e que para resolver o problema é necessário transferir o valor para uma conta segura. Na verdade, o dinheiro vai para a conta de um golpista.

Fonte: especialistas citados na reportagem

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