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Cidades

Doença que altera memória atinge mais de 57 mil no ES

Tipo mais comum de demência, o Alzheimer atinge cerca de 8,5% da população acima de 60 anos e ainda desafia a medicina


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Imagem ilustrativa da imagem Doença que altera memória atinge mais de 57 mil no ES
Doença que altera memória atinge mais de 57 mil no ES |  Foto: Reprodução de TV

Jornalista renomado e conhecido, Maurício Kubrusly, de 79 anos, não se lembra de grande parte da vida. Esse “apagão” em sua mente se deu por conta da demência frontotemporal (DFT), condição que ele foi diagnosticado há cerca de 5 anos.

A DFT faz parte dos variados tipos de demências que existem, sendo que o Alzheimer é a mais comum no País. E a quantidade de afetados surpreende: o relatório nacional sobre a demência, divulgado este ano pelo Ministério da Saúde, apontou que a enfermidade está presente na vida de 8,5% da população acima de 60 anos.

Levando em consideração a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2024, que apontou que existem 680 mil pessoas idosas no Espírito Santo, pressupõe-se, assim, que haja mais de 57 mil atingidos pelo quadro no Estado.

Esses dados alertam para a quantidade de pessoas que sofrem diariamente com a condição, que afeta a saúde mental dos pacientes e de suas famílias também.

Por mais que a medicina tenha evoluído, ainda há dúvidas para o caso da demência. No entanto, médicos estão com boas expectativas para o futuro.

“As demências, em geral, ainda são um desafio para a medicina, mas nos últimos anos temos avançado como nunca no conhecimento da doença e acredito que, com esses novos conhecimentos, novas formas de prevenção e tratamento poderão ser ofertadas aos pacientes no futuro”, disse Rosiane Cazeli, geriatra da Best Senior.

Para Gianne Murad, médica especialista em medicina paliativa, mesmo que não haja cura, a demência não deve ser confundida com desassistência ou a ideia de que não há mais o que fazer.

No caso do Alzheimer, por exemplo, citou que o controle de sintomas, a abordagem do sofrimento nas esferas social, psicológica e espiritual, o acolhimento, as conversas empáticas e a construção de um plano de cuidados são fundamentais para preservar a dignidade dos pacientes. “E tudo isso só é possível com a atuação de uma equipe multidisciplinar”.

Por fim, o geriatra Alexandre Constantino comentou que a própria pessoa pode se ajudar, prevenindo-se. Ele citou que a atividade física, escolaridade, evitar fumar e beber são fatores protetores contra as síndromes demenciais.

FIQUE POR DENTRO

Alzheimer

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais convivem com a doença, representando um número aproximado de 2,71 milhões de casos no Brasil. Até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no País.

Existem vários tipos de demência, sendo que o Alzheimer é a mais comum, chegando a 70% dos casos.

Desafios

De acordo com o geriatra Alexandre Constantino de Santana, doenças neurodegenerativas como a demência representam um desafio para a medicina porque têm um avanço dessa área mais lento.

Ele afirmou que é fato que houve avanços nas pesquisas mais básicas e no próprio entendimento da doença, e assim há uma noção mais clara de como prevenir.

No entanto, medicamentos e terapias que consigam mudar o curso da doença, frear ou reverter estão em um horizonte bem distantes.

Imagem ilustrativa da imagem Doença que altera memória atinge mais de 57 mil no ES

Causas

Segundo o geriatra Roni Mukamal, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que não tem a causa totalmente esclarecida. O que acontece é que há a formação de proteínas que vão agredir o cérebro, o que acontece de forma gradual até o paciente ter sintoma, sendo progressiva.

Ele explicou que geralmente, a produção dessas proteínas têm gatilhos e fatores de riscos conhecidos.

Apesar de não entender totalmente como o Alzheimer acontece, sabe-se que há fatores de risco que aumentam a chance do problema ocorrer. Sendo eles: obesidade, colesterol alto, pressão alta não controlada e diabetes. Essas doenças vão provocar um processo inflamatório que produz essas proteínas que destroem o cérebro.

Outros fatores podem contribuir, como a baixa escolaridade, pois houve pouco estudo, e assim, pouco desenvolvimento do cérebro.

Para a prevenção, Roni recomendou alimentação equilibrada, realização de exercícios físicos, dormir bem e tentar manejar o estresse, tendo uma vida tranquila.

Demência frontotemporal

É uma doença neurodegenerativa que danifica os neurônios nos lobos frontal e temporal do cérebro. Abrange de 5% a 10% dos casos de síndromes demenciais.

Tem sinais e sintomas como: perda de memória, dificuldade de falar, mudanças de comportamento e apatia.

Imagem ilustrativa da imagem Doença que altera memória atinge mais de 57 mil no ES

Sua causa ainda não é totalmente conhecida, surgindo principalmente em pessoas entre 45 e 65 anos.

O Tratamento é de suporte, combinando medicações com intervenções comportamentais e não farmacológicas, entre outros.

Fonte: Especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.

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