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Cidades

Cidades planejam construir corredores verdes e novos parques

Áreas verdes auxiliam na amenização do calor e na absorção de água da chuva


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Imagem ilustrativa da imagem Cidades planejam construir corredores verdes e novos parques
Avenida Civit, na Serra, será arborizada |  Foto: Divulgação/Bruno Leão

As maiores cidades do Estado terão de adotar medidas urgentes para atenuar possíveis desastres naturais. Entre as já planejadas estão a criação de corredores verdes, a limpeza frequente de canais e a construção de novos parques nos bairros.

O doutor em Geografia Wesley Correa realizou um estudo, publicado no ano passado, que constatou que as áreas mais urbanizadas da Grande Vitória podem alcançar até 5ºC a mais do que regiões arborizadas. Ele defende que deve-se considerar o clima como uma variável do planejamento urbano.

“Como medidas emergenciais para minimizar os efeitos das mudanças do clima, o planejamento urbano deve ser sustentável, com um projeto de infraestrutura que deve incluir telhados e fachadas verdes, redes de parques e espaços abertos, gestão de florestas urbanas e áreas úmidas e agricultura urbana, por exemplo”, observa.

A implantação de corredores verdes, por exemplo, está prevista para as avenidas Civit, Talma Rodrigues Ribeiro, Paulo Pereira Gomes e Eldes Scherrer Souza, todas na Serra.

A bióloga e diretora do Departamento de Recursos Naturais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Serra, Danielle Aquino, comenta o que motivou o plano de corredores verdes nas avenidas do município da Serra.

“Os corredores verdes podem minimizar o calor e outros elementos atmosféricos. Quanto mais vegetação, melhor será o direcionamento da água para a drenagem natural ou artificial, por exemplo”.

Em Vitória, novos parques irão aumentar a área verde da cidade. Em 2021, foi inaugurado o Parque Reserva Vitória, na Praia do Canto. Outros dois espaços, o Parque Jesus de Nazareth, em Jesus de Nazareth, e o Parque Costeiro, na Praia de Camburi, estão em desenvolvimento.

O secretário de Meio Ambiente de Vitória (Semmam), Tarcísio Föeger, explicou como os projetos podem auxiliar a capital a lidar com as ondas de calor e com as chuvas intensas.

“Dentro da agenda climática, as novas áreas verdes, assim como os novos parques do município, auxiliam na amenização do calor e, paralelamente, na melhor absorção de água de chuva. Aliado aos novos parques, temos ações de recuperação de áreas verdes, com o desafio de plantar uma muda de plantas nativas por morador da capital”.

Os números

- 37,4 bilhões de toneladas de dióxido de carbono ligadas à energia foram emitidas no mundo em 2024

- 4 mil km foram desmatados na Amazônia em 2024

Entenda

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. No século XIX, com a expansão da produção industrial, as atividades humanas impulsionam tais mudanças.

Causas

Imagem ilustrativa da imagem Cidades planejam construir corredores verdes e novos parques
Seca extrema: consequência |  Foto: Divulgação

A principal causa é a queima de combustíveis fósseis, como, por exemplo, o carvão, o petróleo e o gás. A queima desses combustíveis libera dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa e, dessa forma, é a principal causadora do aquecimento global.

O aumento do desmatamento e das queimadas e a poluição dos recursos hídricos são outras causas centrais para os desequilíbrios ambientais.

Impacto

Pesquisas apontam que a Terra está cerca de 1,1ºC mais quente do que no final do século XIX. A última década, entre 2011 e 2020, foi a mais quente já registrada.

Secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível dos oceanos, inundações nas cidades, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade são algumas das consequências das mudanças climáticas.

Vulnerabilidade

Gênero, etnicidade e renda são fatores de aumento de vulnerabilidade. Injustiças ambientais recaem de forma mais intensa sobre etnias mais vulneráveis.

3,3 a 3,6 bilhões de pessoas vivem em lugares altamente vulneráveis à mudança do clima. No futuro, pesquisadores preveem que o número de “refugiados do clima” deverá aumentar.

Fonte: Unicef Brasil, Organização das Nações Unidas (ONU), SOS Mata Atlântica e especialistas consultados na reportagem.


Planejamento

Vitória

Com o objetivo de criar condições para implementação de políticas públicas para adaptar a cidade à emergência climática, a Prefeitura de Vitória está elaborando um Plano de Adaptação a Eventos Climáticos Extremos. Ele define ações prioritárias que visam aliviar os efeitos dos impactos do homem no clima sobre a capital, numa perspectiva do presente com vistas a longo prazo.

Entre as medidas, há propostas para redução na emissão de gases do efeito estufa, aumento das áreas verdes, contenção de encostas, obras de macrodrenagem, obras no litoral que preservam elementos ambientais importantes, reconstituição de toda a restinga, criação do sistema de monitoramento do tempo e de alerta para a comunidade e formação para os cidadãos de áreas de risco, além da criação de três novos parques municipais.

Serra

A Prefeitura da Serra está elaborando um novo Plano Municipal de Arborização Urbana, com previsão de lançamento em outubro. Entre as medidas previstas no plano está a implantação de corredores verdes em áreas de grande contingente populacional e fluxo viário como as avenidas Civit, Talma Rodrigues Ribeiro, Paulo Pereira Gomes e Eldes Scherrer Souza.

Como medidas de prevenção, são mantidas unidades de conservação ambiental, garantindo maior área verde no território da cidade e contribuindo para controle de temperatura.

No momento, estudos são feitos para instalação de parques lineares em Serra-Sede, Nova Almeida e Jacaraípe.

Vila Velha

O plano de arborização do município entrará em fase licitatória, em que será realizado diagnóstico para novos plantios na cidade.

foram realizadas obras de contenção de encosta nos bairros Sagrada Família, Dom João Batista, São Torquato, Zumbi dos Palmares, Industrial e Ilha da Conceição. Além disso, retirada de lixos, entulhos e material de erosão dos canais e galerias e constantes limpezas e desobstruções de bueiros e caixas-ralo, bem como as obras de macrodrenagem, são feitas para minimizar os alagamentos e enchentes. Foram construídas quatro novas Estações de Bombeamento de Águas Pluviais em Cobilândia, Marilândia, Foz do Costa e Rio Marinho.

Cariacica

A Prefeitura de Cariacica conta com o Comitê de Prevenção de Desastres Naturais para discutir ações de proteção e defesa civil, preparando as ações para situações de anormalidade.

Nos últimos três anos, foram plantadas mais de 5 mil mudas de árvores na cidade, além da construção de muros de contenção em Alto Lage, Flexal I, Aparecida e Nova Canaã.

Um Plano de Arborização foi elaborado, como forma de auxiliar o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) e o Plano Diretor de Águas Pluviais (PDAP).

Fonte: Prefeituras consultadas.

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