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Cidades

Celebração dos 150 anos da imigração italiana no ES será realizada neste sábado

Abertura da festa dos 150 anos da imigração italiana no Estado terá uma encenação do embarque dos imigrantes e missa


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Imagem ilustrativa da imagem Celebração dos 150 anos da imigração italiana no ES será realizada neste sábado
Aparecida Moschen, Adila Damiani, Beatriz Rassele, Patrícia Puppin Catelan, Celso Luiz Caus e Penha Nico caracterizados de imigrantes italianos: homenagem |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

O que significam 150 anos? Para muitas famílias, no máximo, cinco gerações e um oceano de pertencimento e histórias. É nesse contexto que amanhã o Espírito Santo inicia as festividades de seu pioneirismo na imigração italiana no Brasil.

A festa de abertura dos 150 anos da imigração italiana vai ter início às 6h, na Praça do Papa, com direito à encenação do embarque dos imigrantes, e seguirá até a Catedral de Vitória, com missa em italiano, apresentação de corais e o tombo da polenta, do lado de fora.

A empresária Beatriz Rassele, que nasceu em Santa Teresa, é uma das 100 pessoas que vão participar do cortejo marítimo em homenagem aos antepassados.

“Estou muito emocionada e muito feliz. Eu mandei fazer a minha roupa e colei uma publicação de época na mala”.

A assistente social Patrícia Puppin Catalan, de Araguaia, Marechal Floriano, afirma que mantém a cultura viva em sua família. “Poder homenageá-los é uma grande satisfação e uma gratidão”.

A servidora pública Aparecida Maria Moschen de Souza lembra que é a primeira vez que um evento deste porte é realizado no Estado para celebrar a cultura italiana. “São memórias afetivas desse resgate fantástico”, diz.

Além de Beatriz, Patrícia e Aparecida, também estiveram ontem caracterizados como imigrantes, na Praça do Papa, Adila Damiani, Celso Luiz Caus e Penha Nico.

Rosa Maioli, presidente da Associação Federativa Comunità Italiana do Espírito Santo, explica que serão dois barcos e uma escuna levando os descendentes.

O embarque será no Aquaviário da Praça do Papa e o desembarque no Porto de Vitória, em frente ao Palácio Anchieta. Mas só quem foi cadastrado por associações de cultura italiana vai embarcar.

“A Comunità hoje puxou a realização desses festejos, mas sem o apoio das colônias, não aconteceriam”, afirma Rosa Maioli.

O diretor-geral do Arquivo Público do Estado, Cilmar Franceschetto, destaca a importância da comemoração da data, da valorização da diversidade cultural e do turismo para o Espírito Santo.

“A gente quer movimentar toda a colônia, quer contribuir para discussão sobre a importância da imigração, sobre a história do Espírito Santo como um todo, divulgar o Estado para o Brasil e para o mundo”, afirmou.

Programação

Cortejo marítimo e missa

A participação no evento é gratuita e não precisa de inscrição prévia.

6h às 7h: Recepção das comitivas na Praça do Papa.

7h às 7h30: Concentração e início do cortejo para o embarque dos imigrantes.

8h: Chamada para o embarque dos imigrantes.

8h30: Partida do navio em cortejo marítimo.

9h: Desembarque dos imigrantes no porto de Vitória.

9h30: Caminhada para a Catedral Metropolitana de Vitória (subida pela escadaria Bárbara Lindenberg - Palácio Anchieta).

10h: Missa polifônica italiana com coro das 100 vozes.

11h30: Saudações das autoridades.

12h: Início dos festejos e das atrações culturais, como grupos de dança.

História

Na década de 1850, Pietro Tabacchi, por conta de dívidas e motivações políticas, emigrou do Trento para o Espírito Santo.

Ele adquiriu uma propriedade, em Santa Cruz (Aracruz): a Fazenda das Palmas.

Em 1871, ele pediu autorização ao governo do Brasil para trazer imigrantes para a sua propriedade.

A chegada da Expedição Tabacchi, em 17 fevereiro de 1874, no Espírito Santo, inaugurou a imigração em massa de italianos para o Brasil.

Eram 386 camponeses, um padre e um médico, na embarcação a vela La Sofia.

A partir do ano seguinte, também as províncias do Sul brasileiro passaram a receber navios com centenas de imigrantes da Itália.

Foram 45 dias de viagem de Gênova até Vitória.

O navio partiu em 3 de janeiro, do Porto de Gênova, e chegou em 17 de fevereiro, pela manhã, à Baía de Vitória.

quatro dias depois, no dia 21, foi o desembarque e em 1º de março o grupo parte para Santa Cruz.

Fonte: Comunità e livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, de Renzo M. Grosselli

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