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Cidades

Capixabas criam novos games baseados em lendas do ES

Empresas do Estado têm apostado no desenvolvimento de jogos que contam lendas do Espírito Santo e sul-americanas


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Imagem ilustrativa da imagem Capixabas criam novos games baseados em lendas do ES
Leon Zigoni mostra o jogo Tupi: A Lenda de Arariboia, da Mito Games, sobre o famoso indígena |  Foto: Leone Iglesias/AT

As histórias e lendas do Espírito Santo e sul-americanas estão sendo contadas através de games criados por capixabas, ampliando sua representação dentro do mercado global.

Um desses exemplos é o jogo Tupi: A Lenda de Arariboia, que está sendo lançado pela Mito Games. Leon Zigoni, diretor de produto e produção da empresa, conta que Arariboia foi um indígena famoso.

“Histórico tanto para o Espírito Santo quanto para o Rio de Janeiro. O nosso intuito é pegar esse personagem e trabalhar o folclore e o misticismo que envolvem essa lenda para contar uma narrativa fantástica em um Brasil colonial que envolve criaturas fantásticas do nosso folclore”.

O jogo conta a história de Arariboia, que foi expulso de onde morava, na região da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, por uma aliança dos franceses com a tribo rival, os tamoios.

Ele foge para o Espírito Santo, onde se alia aos portugueses e fica por 12 meses reconstruindo sua aldeia, até voltar para a baía de Guanabara, onde os portugueses e a tribo de Arariboia conseguem expulsar os franceses e conquistar de vez o Rio de Janeiro.

“No jogo, dentro da história, ele vai conhecer personagens que foram importantes no período colonial, como o padre Anchieta e Estácio de Sá. Temos muito essa ideia de pegar o nosso folclore e a nossa mitologia e fazer o designer das criaturas, para que não só pessoas daqui reconheçam e gostem, mas também tentar produzir para vender para o exterior”.

O projeto Tupi: A Lenda de Arariboia foi inscrito e aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), além da parceria com o grupo Águia Branca.

O mercado de games no Estado está em pleno crescimento, de acordo com Fabiano De Paula, presidente da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Espírito Santo (Game Dev ES), que participou da 15ª reunião da associação.

“O intuito é fazer uma imersão no mundo dos games e verificar como a gente pode aprimorar esse mercado aqui do Estado. Nele, estiveram desenvolvedores e jogadores para discutir as necessidades. Atualmente, as empresas estão em pleno crescimento e em diferentes estágios de maturidade”.

Jogos educativos, para lazer e treinamento
Imagem ilustrativa da imagem Capixabas criam novos games baseados em lendas do ES
Fabiano De Paula conta que, atualmente, as empresas estão em pleno crescimento e em diferentes estágios de maturidade |  Foto: Leone Iglesias/AT

O Espírito Santo já abriga 10 empresas que criam jogos, de acordo com Fabiano De Paula, presidente da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Espírito Santo (Game Dev ES).

“Cada empresa tem o seu público. Por exemplo, existem aquelas que desenvolvem jogos para celular, tem empresa que desenvolve jogos para internet, outras desenvolvem jogos educativos para instituições. Então, não é só jogo de entretenimento”.

Fabiano destaca ainda que os jogos podem ainda ser para treinamento de funcionários de empresas. “Existem jogos, por exemplo, para treinar como a pessoa vai entrar em um determinado local, ou em um laboratório, usando o Equipamento de Proteção Individual (EPI) de maneira correta”.

O presidente da associação assinala que este é um mercado em plena expansão no Estado. “Para quem se interessa pela área, temos uma escola técnica, que é o Centro Estadual de Educação Técnica Vasco Coutinho, em Vila Velha, com o curso Técnico em Programação de Jogos Digitais”.

O curso, com duração de 1 ano e 6 meses para o matutino e vespertino, e de 2 anos para o noturno, trabalha com modelagem 3D, lógica de programação, entre outros.

Cultura do Estado | Luta pela liberdade

Outra empresa que valorizou a história capixaba foi a Quimera Game Studios, com o jogo Prego: Uma luta pela liberdade, que ilustra a luta de Chico Prego, herói da revolta de Queimados.

“Em um jogo de luta, o importante marco da história negra e capixaba é contada”, assinala Rodolpho Messias de Almeida, sócio e administrador da Quimera Game Studios.

“A ideia é um jogo como ferramenta educacional sobre a cultura do Estado”, ressalta.

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