Bares e restaurantes do ES querem a volta do horário de verão
Empresários do setor defendem o retorno do adiantamento dos relógios. Tema está em estudo pelo governo e deve ser definido nesta quarta-feira
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O Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta-feira (16) a definição sobre a volta ou não do horário de verão neste ano. A possibilidade de retorno foi considerada pelo ministro Alexandre Silveira, por conta da seca que atinge várias partes do País.
Desde 2019, a política para redução de consumo de energia foi extinta. Caso o possível retorno aconteça, deve ocorrer após o dia 27, depois do segundo turno das eleições, como já havia adiantado o ministro. No Espírito Santo, donos de bares e restaurantes defendem o adiantamento dos relógios.
“Desde que foi extinto o horário de verão, defendemos a sua volta. Entendemos que há um maior aproveitamento, pela população, da cidade e do próprio dia, podendo curtir mais restaurantes e os bares”, destaca o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado (Sindbares/Abrasel), Rodrigo Vervloet.
“Para nós, essa pauta é muito importante, já que com o aumento da movimentação dos bares, há aumento da contratação”.
Quem também é a favor do retorno do horário de verão é Vicenzo Quiroz, sócio da Ipanema Vix. “Normalmente, com o horário de verão, as pessoas têm um período noturno maior, o que significa um possível aumento no horário de atendimento e de faturamento”.
Com um estabelecimento localizado na praia, Luciano Reis, empresário do Épico Beach Bar, vê com bons olhos o adiantamento nos relógios. “O horário de verão é sempre bem-vindo. As pessoas aproveitam mais o dia e a permanência na praia. Economicamente, para quem tem negócio de praia, é muito bom”, avalia.
Na avaliação de Andrés Uauy, proprietário do El Libertador, a adoção do horário de verão pode favorecer com que as pessoas fiquem mais animadas em sair de casa e tenham mais atividades na rua e ao ar livre. “Isso pode ajudar com o aumento de vendas no comércio”.
Embora a maioria aprove o retorno do horário de verão, o empresário Bruno Uliana Guerra, proprietário da Pizzamore, é contra. “Iremos continuar funcionando no mesmo horário. Porém, com o horário de verão, os clientes acabam saindo de casa mais tarde. O estabelecimento fica um período maior com baixo movimento”.
Opiniões
Entenda
Horário de verão
O Horário Brasileiro de Verão foi instituído pelo então presidente Getúlio Vargas, pela primeira vez, através do Decreto nº 20.466, de 1 de outubro de 1931, com vigência de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932.
Sua adoção foi posteriormente revogada em 1933, tendo sido sucedida por períodos de alternância entre sua aplicação ou não, e também por alterações entre os Estados e as regiões que o adotaram ao longo do tempo.
Em 2019, o horário foi novamente extinto.
Por que foi suspenso?
Historicamente, o horário de verão tinha como principal objetivo a redução de consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora. Mas, devido às mudanças no hábito de consumo de energia da população, em 2019 o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu o adiantamento dos relógios.
Qual era o objetivo?
O principal objetivo do horário de verão era o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a reduzir a concentração de consumo no horário entre 18h e 21h. Ocorria um “achatamento” da curva de consumo, reduzindo o nível do pico deste intervalo temporal e aumentando a permanência da curva em patamares mais baixos.
Por que pode voltar?
A possibilidade de retorno do horário de verão foi considerada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por conta da seca que atinge várias partes do País, sendo uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes.
Fonte: Ministério de Minas e Energia e pesquisa AT.
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