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Cidades

Baderna, lixo e sujeira em Jardim Camburi

Comerciantes afirmam que moradores de rua passam as noites em frente às lojas e sujam os espaços até mesmo com xixi, vômito e fezes


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Imagem ilustrativa da imagem Baderna, lixo e sujeira em Jardim Camburi
Jardim Camburi: desafios. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Comerciantes do bairro Jardim Camburi, em Vitória, estão sofrendo diariamente com um cenário deplorável em frente às lojas: lixo por todo lado e até mesmo fezes em maçanetas, fechaduras e placas. Os empresários acusam pessoas em situação de rua e pedem solução para o problema.

Com receio de identificação por medo de prejuízos maiores, os comerciantes dizem que, há cerca de um ano, pessoas em situação de rua passam as noites em frente às lojas e sujam os espaços dos estabelecimentos. 

Em alguns momentos, eles acionam a Polícia Militar, mas não há uma solução para a situação. Uma das comerciantes, que trabalha próximo à Unidade de Saúde de Jardim Camburi, desabafa sobre a convivência com o problema. 

“Sempre tivemos alguns problemas, mas dava para contornar. Agora, chegamos para trabalhar e as portas estão cheias de fezes, ‘xixi’ e vômito. Não podemos conviver com essa situação. Há, ainda, um comportamento mais agressivo. Nem venho para a loja sem olhar as câmeras antes”.

Imagem ilustrativa da imagem Baderna, lixo e sujeira em Jardim Camburi
comerciantes estão indignados com os moradores de rua em Jardim Camburi, Vitória, e pedem providências. |  Foto: Douglas Schneider/AT

Outro comerciante, que também trabalha próximo à Unidade de Saúde e enfrenta os mesmos problemas, conta que os colegas são conscientes de que a condição de vulnerabilidade nas ruas é um problema social. 

Por outro lado, a “bagunça” em frente aos comércios da região afasta os clientes e já prejudica os negócios, aponta o empresário.

“Agora, já é algo agressivo, de sujar propositalmente os estabelecimentos. Várias vezes, conversamos com as pessoas e pedimos para que escolham um outro espaço. Buscamos apoio da Polícia Militar. Ficamos entre as consciências social e  comercial”.

Outra lojista da região reitera que entende que é necessária uma abordagem social para a intervenção no problema. 

Ela desabafa que, hoje, os comerciantes necessitam de ajuda dos órgãos responsáveis.  

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“A maior preocupação é o medo. Tomamos a iniciativa de chamar a polícia, mas eles (pessoas em situação de rua) reagem dessa forma. Não sabemos mais o que fazer sobre isso. Essa situação afeta o nosso trabalho e queremos ajuda da prefeitura”.


DEPOIMENTOS


“Sempre ficamos preocupados”

“A vulnerabilidade nas ruas é um problema social e deve ser tratado como tal. Vez ou outra, contamos com a ajuda da Polícia Militar. Moradores de rua estão sendo agressivos e já até correram atrás de pessoas com faca. As pessoas em situação de rua daqui sabem que entramos em contato com a PM e agem dessa forma. A última loja fecha às 23 horas, então, sempre ficamos preocupados. Não sabemos como vamos encontrar a frente das lojas”.

Comerciante, que não quis se  identificar


“Minhas clientes ficam inibidas”

“Minhas clientes são mulheres e ficam inibidas de entrar na loja. Quando veem a situação, já dão meia volta. Esses casos de sujeira são para sacanear com a gente porque estamos pedindo ajuda para a Polícia Militar. Eu quero me mudar da minha loja. Não quero mais abrir a loja e encontrar cocô. Enfiaram cocô por dentro da porta. Às vezes, quero dar um passo atrás do comércio e me esconder dentro de uma sala comercial”.

Comerciante, que não quis se  identificar

Prefeitura diz que é preciso denunciar

A Prefeitura de Vitória orientou  que os comerciantes que enfrentam os problemas mencionados na reportagem façam abertura de chamados pelo telefone 156. Em casos de insegurança, contudo, é necessário registrar um boletim de ocorrência. 

A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, reforça que o trabalho das equipes é  para que as pessoas possam superar essas condições de vulnerabilidade em que estão hoje. 

“Não é porque está em situação de rua que se pode ameaçar. Isso foge da nossa responsabilidade.  Às vezes, deveria ser feito um boletim de ocorrência. Sempre trabalhamos para que eles aceitem nosso encaminhamento”.

A secretária reforçou que se deve abrir um chamado pelo telefone 156. A Prefeitura de Vitória já tem um mapeamento dos pontos em que pessoas em situação de rua estão alocadas na capital, conta Cintya Schulz.

“A equipe de abordagem social faz o monitoramento da cidade. É feito um diálogo com essas pessoas, sempre oferecendo o que o município pode ofertar, desde o acolhimento ao atendimento no Centro Pop. O acionamento pelo 156 é muito importante e deve ser feito”.

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