X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Arte e história nos monumentos de cemitérios

Pesquisadora explica que esculturas que enfeitam túmulos mais antigos são obras que foram encomendadas e a maioria é arte sacra


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
A pesquisadora Isis Santana Rodrigues mostra a Pietà, uma alusão à obra do escultor Michelangelo |  Foto: Fabio Nunes/AT

Andar entre os túmulos e mausoléus de cemitérios é como fazer uma viagem no tempo. O Cemitério de Santo Antônio, em Vitória, por exemplo, é um verdadeiro museu de arte a céu aberto, de acordo com a professora de Arte Isis Santana Rodrigues, que é mestre e pesquisadora em arte cemiterial.

De acordo com ela, o Cemitério de Santo Antônio foi inaugurado em 1912, sendo o mais antigo do Espírito Santo, mas em fotos anteriores à data, de acordo com ela, é possível observar que, antes mesmo da inauguração, já existiam sinais de que corpos estavam sendo enterradas no local.

Leia mais sobre Cidades

“Ele foi construído por conta das questões sanitárias mesmo. Se olharmos a história, até a metade do século 19, os enterros eram feitos nas igrejas. Posteriormente, começaram a ser realizados em campos santos administrados pelas igrejas. Só depois que o poder público assume e constrói os cemitérios fora do ambiente religioso”, explica.

Uma das obras encontradas no local é a Pietà, representando uma mãe que tem seu filho morto no colo, fazendo alusão à obra Pietà, do escultor e pintor renascentista Michelangelo. É possível ainda observar outros detalhes esculpidos nos túmulos, que retratam passagens bíblicas.

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
Cristo redentor representa o Cristo que redime os pecados do mundo, que perdoa os que a ele se entregam em vida ou no arrependimento na hora da morte, explica Isis Santana |  Foto: Fabio Nunes/AT

Isis explica que a presença das esculturas revela bastante sobre o morto e sobre sua família.

“As esculturas daqui geralmente não são assinadas pelos autores. São obras que as famílias encomendaram aos artistas da época e a maioria é arte sacra, com anjos e passagens bíblicas. O tamanho e o material utilizado também variam bastante de acordo com a condição econômica de cada família”.

A importância histórica das obras encontradas no local, de acordo com a pesquisadora, se junta à emoção.

“Além de revelar muito sobre a história da arte e do estilo clássico das esculturas da época, elas representam ainda a lembrança dos entes queridos já falecidos, que serão lembrados em mais um Dia de Finados”, observa.

Finados

O Dia de Finados, que será lembrado nesta quinta-feira (02), carrega a tradição da visitação aos túmulos e mausoléus onde estão sepultados os entes já mortos.

Na terça-feira (31), profissionais contratados por famílias já estavam no local fazendo a limpeza das sepulturas para esta quinta (02).

Esculturas

Anjinhos

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
|  Foto: Fabio Nunes/AT

Geralmente são utilizados em túmulos de crianças. Nessas situações, acredita-se estar invertendo a ordem da vida. Por essa razão, a escolha de imagens frequentemente apinhadas de afetividade.

Mulher de vestido longo

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
|  Foto: Fabio Nunes/AT

Na obra, que fica logo na entrada do cemitério, a imagem pagã, no sentido de não pertencer exatamente à fé cristã, representa uma mulher idealizada. A representação feminina que lamenta a morte aparece literalmente velando os túmulos.

Barco para navegador

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
|  Foto: Fabio Nunes/AT

A escultura fica sobre o túmulo de Wilson Freitas, piloto e navegador morto em 1945, após um acidente de avião. Uma de suas últimas frases antes de partir foi: “Ouço minha voz, mas não sinto meu corpo”. Sua história foi encontrada no Arquivo Público.

Cristo crucificado

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
|  Foto: Fabio Nunes/AT

É um símbolo muito forte no cristianismo que lembra o sacrifício que Jesus Cristo fez para a humanidade. Cristo crucificado é o tema de mais de uma escultura no local.

“Ele possui diferentes formas de apresentação, mas todas parecem relembrar o sofrimento de Cristo pela humanidade. O sacrifício para salvar todos”, diz Isis.

Jesus Misericordioso

Imagem ilustrativa da imagem Arte e história nos monumentos de cemitérios
|  Foto: Fabio Nunes/AT

As imagens, no geral, trazem uma reflexão sobre a infinitude e a humanização de Cristo.

“Representa o Cristo misericordioso e que perdoa a humanidade. A mão direita de Jesus levantada é o gesto de abençoar, derramando sobre nós sua misericórdia. A mão esquerda de Jesus sobre o peito aponta para o seu Sagrado Coração, de onde emana todo o seu amor”, segundo Isis Santana.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: