714 mil no ES buscam planos para tratamento de dentes
Valores mais acessíveis e cobertura em mais de 40 procedimentos diferentes estão entre os atrativos do serviço, segundo pacientes
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Investindo na saúde bucal, 714.534 pacientes contam com planos exclusivamente odontológicos no Espírito Santo. Os dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam ainda que nos últimos 12 meses, foram 64.801 novos clientes.
No País, os planos exclusivamente odontológicos registraram 31,7 milhões de usuários.
Uma das razões para esse aumento, segundo pontuam dentistas, é o fato dos capixabas estarem preocupados com a própria saúde, sobretudo durante e após a pandemia da covid-19.
Outra razão que tem atraído novos usuários é o preço mais acessível dos planos, com valores médios de R$ 43 nas principais redes, e cobertura em mais de 40 procedimentos diferentes.
Cleso Guimarães, assessor técnico da Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Odontologia, confirma que está havendo aumento na contratação de planos odontológicos, principalmente os planos hospitalares mais odontológicos.
Ele explica que o Rol de Procedimentos da ANS cobre a maioria dos procedimentos, no entanto, os mais realizados são restaurações e limpezas. “Tratamento de canal e peças protéticas são poucos”.
Sobre o perfil de quem opta por planos odontológicos, ele salientou que a maioria dos planos é empresarial, ou seja, negociados pela equipe de Recursos Humanos de empresas.
Já Elio Silva Lucas, conselheiro federal e presidente da Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Regional de Odontologia (CRO-ES), ressalta que a função principal do Conselho é fiscalizar se os planos de saúde estão regularmente inscritos e se têm o responsável técnico que também é inscrito no órgão.
Apesar do aumento de usuários, ele destaca que pesquisa recente do CRO mostra que mais de 80% dos dentistas que atendem planos estão insatisfeitos com os valores pagos pelos procedimentos.
A gari Denise Vieira dos Santos, 52 anos, tem plano odontológico há cerca de um ano, um investimento de R$ 35 por mês. Agora, ela incentiva o filho Erick Willian dos Santos Valadares, de 14 anos, que é menor aprendiz, a contratar um plano odontológico também.
“Hoje (terça-feira, 24) ele pagou R$ 280 para fazer um curativo, pois estava com dor de dente por causa de uma cárie. Ainda terá que pagar mais R$ 100 para terminar o tratamento”, contou Denise.
"Não abro mão da saúde bucal"
Quem não abre mão de ter um plano odontológico é a empreendedora Lívia Bergel, de 39 anos de idade.
Grávida de oito meses de João Felipe, ela conta que sempre fez questão de cuidar da saúde bucal.
“Meu marido é servidor público e tenho direito a usar o plano odontológico, junto com a minha filha, a Cecília, que tem 5 anos. Já fiz profilaxia dentária, radiografia e outros procedimentos. Sem dúvida, é uma ótima opção”, disse Lívia.
Idosos sonham com implante
Ter um sorriso bonito e melhorar a autoestima é um sonho que independe da idade, mas os idosos têm investido para realizar um desejo em especial: fazer implante dentário.
No Dia do Dentista, comemorado hoje, o coordenador geral do Sindicato Nacional dos Aposentados no Estado, Janio Araújo, conta que alguns até pegam empréstimo para conquistar esse objetivo.
“Não é apenas uma questão de vaidade. É uma questão de satisfação e apresentação”, disse Janio.
A cirurgiã dentista Vanessa Pretti, especialista em endodontia, confirma que os pacientes com ausência dentária procuram frequentemente o dentista para a substituição por implantes, principalmente na faixa etária entre 35 e 65 anos.
Além disso, falando para todos os públicos, ela percebe que as novas tecnologias otimizam os procedimentos e deixam os pacientes mais animados para a realização dos procedimentos.
Já a cirurgiã dentista Barbara Sant'Ana, especialista em ortodontia, conta que a maior demanda é ortodontia fixa, especialmente de pacientes entre 30 a 45 anos e as crianças na idade dos 6 aos 12 anos.
Ambas trabalham em uma clínica particular. A aposentada Terezinha Scardua Milbratz, 69 anos, por exemplo, procurou a Unittá.
“O meu problema foram dentes apinhados e desalinhados. A primeira profissional a me atender foi doutora Bárbara, com a ortodontia. Tratamento feito foi o Invisalign, fantástico. Só quem viu o antes e o agora para acreditar”.
Ela admite que tinha vergonha do seu sorriso e hoje vive sorrindo. “Estou muito feliz com o resultado. A minha autoestima está lá em cima. Depois dessa transformação, a doutora Vanessa fez também meu tratamento de canal”, disse a aposentada.
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