Técnico de vôlei acusado de estuprar atletas é condenado a 60 anos de prisão em SC
Sentença é referente a quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma condenação por estupro e uma por constrangimento ilegal
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Um treinador de vôlei foi condenado a 60 anos de prisão por diversos crimes sexuais contra atletas adolescentes no município de São José, em Santa Catarina (SC). A sentença é referente a quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma condenação por estupro e uma por constrangimento ilegal.
O acusado foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Ele era treinador em um projeto social e se aproveitava da posição de superioridade para manipular, constranger e estuprar as vítimas. Ele também foi sentenciado por induzir jovens ao uso de drogas e álcool.
Embora possa recorrer da sentença em liberdade, o réu foi condenado à pena de 60 anos de reclusão em regime inicial fechado, além de três anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto e 110 dias-multa.
Caso
O município de São José mantinha duas "casas atletas", nas quais abrigava 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do sexo feminino, que participaram do time de vôlei de um projeto municipal. De acordo com o MPSC, os atletas estavam sob a responsabilidade do treinador, com procurações dos pais ou responsáveis legais.
No entanto, após denúncias contra o treinador em 2022, um inquérito policial foi instaurado para apurar os crimes que teriam sido praticados por ele contra seus atletas.
As denúncias incluíam crimes de importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo, submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade a vexame ou a constrangimento e fornecimento, serviço, ministração ou entrega, ainda que gratuitamente, a criança ou adolescente, de bebida alcoólica.
De acordo com os documentos da investigação, o treinador utilizava sua autoridade para persuadir os rapazes com brincadeiras íntimas de cunho sexual e fazia convites para passeios com objetivos diferentes às atividades esportivas.
Nessas ocasiões, segundo os depoimentos, o réu induzia os atletas a tomarem bebida alcóolicas, como forma de deixá-los vulneráveis às investida. Na sequência, ele levava as vítimas para sua casa ou um motel e cometia atos libidinosos e estupro.
Para sair impune, ele prometia para as vítimas crescimento na carreira ou as ameaçava com o desligamento do projeto.
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