X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Praia de Florianópolis recorre a fiscais e drones para caçar pelados

Medida por vezes tem gerado confusões entre comerciantes a favor da proibição e praticantes do nudismo


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Praia de Florianópolis recorre a fiscais e drones para caçar pelados
Drone usado para fiscalizar pessoas peladas em praia |  Foto: Canva

Tradicional refúgio nudista, a praia da Galheta, em Florianópolis (SC), decidiu combater a presença de pessoas sem roupa. O plano inclui fiscais e até uso de drones para encontrar quem burla as regras.

A medida por vezes tem gerado confusões entre comerciantes a favor da proibição e praticantes do nudismo.

Escondido por morros com densa vegetação nativa e com grandes pedras, o local —ao leste da ilha—está há décadas na lista de balneários recomendados para a prática da Federação Brasileira de Naturismo.

A Prefeitura de Florianópolis considera que a presença de pessoas sem roupas na região dificulta o acesso da população geral à praia, gera perturbação do sossego durante a noite e cria um cenário que facilita atos obscenos e casos de importunação sexual.

A gestão Topázio Neto (PSD) afirma ainda que não há atualmente previsão legal nem regulamentação da prática na Galheta. A situação, porém, já foi diferente.

Em 1997, uma atualização na Lei nº 3.455 de 1990 permitiu a prática de nudismo na praia, com o uso de roupas sendo opcional. A norma perdurou por quase duas décadas.

Vereadores aproveitaram um projeto para transformar a Galheta numa área protegida, em 2016, para aprovar um pacote que passou a proibir churrascos, animais e fogueiras na praia —além de vetar a nudez nas áreas públicas.

A regra, porém, tem sido desrespeitada. A reportagem esteve na praia no sábado (31). Na entrada, uma placa avisa aos visitantes sobre a proibição do nudismo no local. Fiscais do município estão por toda parte, contando com drones para caçar quem estiver pelado.

Ocorre ainda reforço de comerciantes. Aos berros e ameaças, eles buscam afastar os naturistas a fim de atrair turistas, ainda reticentes em frequentar a área.

"Meu lucro vem de famílias, não de gente safada", diz Fernando Kempel, 43, dono de um quiosque na Galheta. Ele compõe um grupo de empresários contrário à presença de pessoas sem roupa.

Para fugir da supervisão, alguns nudistas escolhem ficar entre as pedras, em trilhas no meio da mata ou ir ao local somente ao anoitecer —quando é comum a realização de orgias. Outros ignoram a situação e exibem os corpos nus, mas logo alguém aparece para repreender o ato.

Um advogado adepto do nudismo disse à reportagem que considerava a praia um um local de liberdade, mas agora tem medo de ficar nu na região.

A associação naturista Amigos da Galheta cobra uma regulamentação nacional do movimento. Membros também criticam o que chamam de guinada conservadora em Florianópolis.

"Aqui é um lugar de gente ser gente", diz a argentina Luz Arroyo, 28, que vende doces na praia. "Você anda pela areia e vê peitos por toda parte, vê pintos de todos os jeitos. É lindo."

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: