Novos condomínios do "Minha Casa Minha Vida" vão receber bibliotecas com 500 livros
Anúncio foi feito durante a cerimônia de abertura da 27ª Bienal Internacional do Livro em São Paulo
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Como forma de incentivar a leitura, o Governo Federal vai implementar bibliotecas comunitárias, com ao menos 500 livros, nos novos condomínios do "Minha Casa Minha Vida". O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e ratificado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da 27ª Edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
A proposta do governo é que bibliotecas ou espaços de leituras sejam implementados em cerca de 1.500 novos projetos do "Minha Casa Minha Vida", que vão ser construídos nos próximos anos.
Ao todo serão 750 mil novos livros distribuídos em todo o país. Os custos deste projeto ficarão a cargo do Ministério da Educação.
"É o sonho da casa própria, junto com o sonho da educação", afirmou Jader Filho, ministro das Cidades.
"Ler é um ato político contra toda forma de arbítrio. Vivemos tempos de ódio e de fake news, poucas vezes precisamos tanto do bálsamo da literatura. Os livros foram meus companheiros na prisão, perdi a conta de quantos li na luta contra solidão", afirmou o presidente Lula, durante o seu discurso. "Nos 580 dias em que estive preso entendi que nada é mais livre que ler", completou.
Lula reforçou a importância de promover o acesso à leitura, independente da classe social ou idade. "É igual piscina. Estou estudando colocar nos condomínios do Minha Casa Minha Vida nem que seja uma piscina pequena. Por que só condomínio de rico pode ter piscina? O pobre também pode ter acesso", afirmou.
A presença de Lula na abertura do evento também celebrada como um marco para a Bienal do Livro. O petista participou da edição realizada em 2004, primeiro ano em que esteve à frente do Executivo Nacional. Nesta quinta, ao retornar ao evento, teceu crítica indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que não prestigiou a edição de 2022 da Bienal.
"Eu falei que, no meu governo, nós teríamos mais livros do que armas", declarou Lula.
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Assinaturas
Também durante a cerimônia, Lula assinou o decreto da Política Nacional de Escrita e Leitura, que regulamenta a lei do Plano Nacional do Livro e da Leitura, de 2018, elaborado após deliberações dos ministérios da Educação e da Cultura.
O novo plano orienta ações para valorizar o livro em quatro eixos --a democratização do acesso, o fomento à leitura e à formação de mediadores, a valorização simbólica e institucional da leitura e o fomento à cadeia criativa e produtiva do livro.
Os Ministros da Educação, Camilo Santana, da Cultura, Margareth Menezes, e das Cidades, Jader Filho, além da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, também estiveram presentes e foram exaltados pelo público durante o evento.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, como está em campanha para a reeleição, não esteve presente e foi representado pelo secretário de Educação Fernando Padula Novaes. Já o governador Tarcísio de Freitas não enviou representante.
A Bienal do Livro de São Paulo
A partir desta sexta-feira (06), a 27ª Bienal do Livro de São Paulo estará aberta para o público em geral, no Distrito Anhembi, zona norte de São Paulo. O evento segue até o dia 15.
Já nesta sexta-feira, haverá lançamento de diversos livros, dentre eles o de uma capixaba: "A pequena máquina de escrever", da escritora Lilian Meneguci.
A edição deste ano contará com mais de 330 autores nacionais e internacionais, distribuídos em mais de 1.500 horas de programação cultural voltadas para diferentes públicos. Um dos marcos da Bienal Internacional do Livro é destacar a diversidade cultural e literária não só do Brasil, mas também da Colômbia, país convidado de honra pela feira.
O evento contará ainda com 150 expositores, entre editoras, livrarias, distribuidores e editoras independentes, que vão apresentar lançamentos em diferentes temáticas.
* O jornalista viajou para São Paulo a convite da Bienal do Livro e da Câmara Brasileira de Livros
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