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Brasil

Mortes na Terra Yanomami caem 33% no 1º trimestre


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Seis meses após sofrer críticas pelo mau desempenho na assistência à saúde dos índios e interromper a divulgação de dados sobre número de mortes e incidência de doenças na Terra Indígena Yanomami, o Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira, 5, que 74 indígenas dessa mesma área morreram no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma redução de 33% em relação ao número do mesmo período de 2023, quando houve 111 mortes.

Os dados fazem parte de um novo boletim, o primeiro com dados de 2024. Segundo o ministério, houve oficialmente 9 mortes por infecção respiratória aguda (nesse mesmo período de 2023, haviam sido 22), 5 mortes por desnutrição (no ano passado, foram 17) e 5 mortes por malária (em 2023, foram 10).

A única causa de morte definida que registrou aumento no primeiro semestre de 2024 foram as agressões: elas causaram 15 mortes em 2023 e 18 neste ano. Diarreia infecciosa matou quatro pessoas (seis em 2023), causas perinatais e de anomalias congênitas mataram quatro pessoas (cinco em 2023), neoplasias mataram uma pessoa (duas em 2023) e uma pessoa se suicidou na área (três em 2024).

Mais do relatório

Doenças respiratórias variadas, que não as infecções respiratórias agudas, mataram duas pessoas (uma em 2023), doenças infecciosas variadas que não a diarreia causaram duas mortes (três em 2023). Outras causas externas mataram sete pessoas (11 no registro em 2023), causas mal definidas mataram oito pessoas (dez em 2023) e outras causas mataram oito pessoas (6 em 2023).

No relatório, para se contrapor às críticas que vinha sofrendo até a divulgação do último relatório mensal, em fevereiro (com dados referentes a dezembro de 2023), o Ministério da Saúde ressaltou a ampliação do atendimento de saúde aos indígenas. "No início de 2023, aproximadamente 5.224 indígenas não tinham acesso aos serviços de saúde nos polos-base de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiú", diz o ministério. "Até abril de 2024, todos esses polos base foram reabertos", ainda que parcialmente, afirma o governo.

"No início da declaração da emergência (em saúde) em 2023, contávamos com 690 profissionais (de saúde) contratados", continua o relatório. "Desse período para agora, houve aumento de 807 profissionais", chegando aos 1.497 que estão disponíveis atualmente. Anteriormente, o Ministério da Saúde vinha recusando até pedidos de dados por Lei de Acesso à Informação (LAI), incluindo os do Estadão, alegando que estava revisando as informações para divulgação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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