Menina que desenhou abusos foi estuprada ao ir brincar na casa de tio
Tio ameaçou a menina caso ela denunciasse a violência sofrida
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A menina de 11 anos que relatou em desenhos ter sido vítima de violência sexual foi abusada ao visitar a casa do tio para brincar com as primas, segundo a Polícia Civil de Alagoas. O caso ocorreu em Arapiraca (AL), e o homem foi preso na quarta-feira (26).
O QUE ACONTECEU
Menina morava perto da casa do tio e costumava frequentar a residência para brincar com as primas. No dia em que a vítima foi abusada, o suspeito impediu as meninas de brincarem, obrigou as filhas a fazerem serviços domésticos, momento em que praticou o estupro em um quarto da casa. As informações são da Polícia Civil de Alagoas.
Tio ameaçou a menina caso ela denunciasse a violência sofrida. O crime foi descoberto após a irmã mais nova dela encontrar os desenhos e mostrar para a mãe, que acionou a polícia.
Exames comprovaram que a menina foi abusada, afirmou a delegada Maria Fernandes Porto. "A mãe trouxe os desenhos para a delegacia e fizemos o boletim de ocorrência. Iniciamos o inquérito policial e foi constatado, através do exame de conjunção carnal, que realmente a criança havia sido violentada", explicou a delegada.
O QUE MOSTRARAM OS DESENHOS
A menina destacou no desenho as regiões íntimas de seu corpo com setas e círculos. Ela também desenhou rabiscos na cabeça e corações partidos ao lado.
A menina tinha receio de relatar os abusos por sofrer ameaças do suposto autor, segundo a polícia. A investigação também descobriu que a menina havia tentado tirar a própria vida após os traumas sofridos.
''Ele toco ei mi'', ''eu não so mais vigis'' e ''eu não podia cota para'', escreveu a menina de 11 anos. ''Eram rascunhos feitos pela vítima em momentos de isolamento, nos quais a criança expressava suas angústias'', explicou a Polícia Civil.
O homem, de 41 anos, teve prisão preventiva decretada pela Justiça de Alagoas. Ele foi detido na quarta-feira (26) pela equipe da Delegacia Especial da Criança e do Adolescente e agora está à disposição da Justiça. Como ele não foi identificado, não foi possível localizar a defesa, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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