Governo do RS faz alerta para risco de enchentes em municípios da região sul
Na noite de segunda, a Prefeitura de Pelotas determinou a saída dos moradores de seis localidades por causa do risco de inundação
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O governo do Rio Grande do Sul fez um alerta na noite desta segunda-feira (6) para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos.
A água que inundou Porto Alegre e causa transtornos na região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.
"Vai subir muito o nível da lagoa e vai trazer muitos transtornos nos municípios da região", disse o governador Eduardo Leite (PSDB).
O risco é agravado devido à frente fria que chega à região sul do estado e provoca chuva e queda de temperatura nesta semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
"Infelizmente, se aqui (em Porto Alegre) está sendo pior do que em 1941, pode ser muito pior na região sul também", disse Leite, referindo-se à enchente histórica que afetou Porto Alegre e em seguida cidades como Pelotas e Rio Grande.
A previsão é que os primeiros impactos graves sejam sentidos no prazo de um dia e meio ou dois dias. Os prefeitos da região foram alertados e tomam providências.
"Por favor, acreditem nos alertas e nos ajudem para que a gente possa salvar vidas, reduzir os transtornos e depois estaremos juntos para a reconstrução", pediu o governador à população.
Na noite desta segunda, a Prefeitura de Pelotas determinou a saída dos moradores de seis localidades por causa do risco de inundação. A ordem de saída imediata foi dada aos moradores da Colônia Z3, Doquinhas, Pontal da Barra, rua Nova Prata, Valverde e locais próximos à ponte sobre o canal São Gonçalo.
Três abrigos são oferecidos à população, com capacidade para 157 pessoas. As aulas da rede municipal foram suspensas nesta terça-feira (7) e unidades de saúde localizadas na área de risco não vão funcionar.
Em Rio Grande, uma força tarefa retira famílias nas ilhas de Torotama e Marinheiros. O grupo é coordenado pela Defesa Civil, Marinha, Exército e Corpo de Bombeiros. As pessoas são levadas para casas de familiares, amigos ou abrigos.
O estado chegou, na noite desta segunda, à marca de 85 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana.
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