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Brasil

Aneel intima Enel em processo que pode resultar na extinção da concessão em SP

De acordo com a agência, a intimação ocorre pelo "descumprimento do plano de contingência ajustado pela distribuidora com a Aneel e a ARSESP


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Imagem ilustrativa da imagem Aneel intima Enel em processo que pode resultar na extinção da concessão em SP
Aneel intima Enel em processo que pode resultar na extinção da concessão em SP |  Foto: Divulgação/Aneel

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) intimou nesta segunda (21) a distribuidora de energia Enel num processo relacionado ao apagão que afetou 3,1 milhões de clientes na Grande São Paulo, após temporal no último dia 11. Residências chegaram a ficar seis dias sem luz.

De acordo com a agência, a intimação ocorre pelo "descumprimento do plano de contingência ajustado pela distribuidora com a Aneel e a ARSESP [Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo] e a reincidência quanto ao atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência, como o evento climático extremo do dia 11/10."

De acordo com a agência, a intimação ocorre pelo "descumprimento do plano de contingência ajustado pela distribuidora com a Aneel e a ARSESP [Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo] e a reincidência quanto ao atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência, como o evento climático extremo do dia 11/10."

A Aneel havia informado na semana passada sua intenção de intimar a Enel, num processo que pode resultar na caducidade do contrato de concessão da empresa na capital paulista.

Nesta segunda, a agência afirmou que a intimação integra o relatório de falhas e transgressões que inicia processo para avaliação de recomendação de caducidade". O processo será analisado pela diretoria da Aneel e encaminhado ao Ministério de Minas e Energia.

Ainda segundo a nota, a Enel terá 15 dias para se manifestar após receber a manifestação.

"A decisão da Aneel vem na sequência da aplicação da maior multa administrativa da Agência em razão do evento climático extremo ocorrido em 03/11/23, no valor de R$ 165 milhões, penalidade cuja exigibilidade se encontra suspensa por decisão judicial. Em razão do referido evento, a Aneel fez uma série de determinações para que a distribuidora apresentasse melhores resultados em eventos dessa natureza, o que não ocorreu".

A medida adotada pela Aneel ocorre após dias de declarações do Ministério de Minas e Energia colocando a culpa na Aneel por suposta omissão em relação ao tema. O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou na semana passada que pediu em abril à agência a abertura do processo administrativo que poderia, no limite, resultar na caducidade. "A Aneel precisa abrir o processo. Infelizmente", afirmou Silveira. "A Aneel se omitiu com relação à abertura desse processo".

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