Trabalho voluntário ganha força nas escolas
No Centro Educacional Leonardo da Vinci, por exemplo, projetos incentivam doação de vários itens, além de monitoria escolar
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Benéfico tanto para quem pratica quanto para quem recebe o ato de carinho e atenção, o voluntariado tem ganhado força no ambiente escolar da Grande Vitória.
Um exemplo é o Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Vitória. A instituição trabalha com vários tipos de atividades e projetos de impacto social em que os estudantes podem participar como voluntários.
O Parceria Solidária, que consiste na monitoria de disciplinas para alunos de uma escola municipal de Vitória, é um deles. Outro é a Campanha Solidária, que arrecada itens diversos para doação.
Dora Abreu Sodré, que coordena a ação, explicou que anualmente ela ocorre em quatro edições e contempla quatro instituições. Segundo ele, cada vez mais estudantes têm mostrado interesse.
O coordenador pedagógico do Leonardo, Joelmo Costa, comentou sobre a importância de levar o voluntariado para a sala de aula. “Pesquisas mostram que o trabalho voluntário faz bem para a saúde mental. Além disso, ele enriquece o currículo do aluno. Temos estudantes que querem fazer faculdade fora do País e isso conta muito”.
Em uma iniciativa dos estudantes do 7º ano, que trabalham neste momento o tema “Voluntariado” na disciplina Projeto de Vida, está sendo realizada na escola a campanha Desapego Solidário, que tem o objetivo de recolher itens como cobertores, agasalhos e calçados que serão destinados para os atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Além disso, na 1ª série do ensino médio há uma disciplina eletiva com a temática do voluntariado e a escola realiza a Gincana Cultural do ensino médio, que tem como um dos focos a arrecadação de produtos para doação.
Alunos compartilham aprendizado
O Parceria Solidária é um projeto especial do Centro Educacional Leonardo Da Vinci em que estudantes da 1ª e 2ª série do ensino médio da instituição dão mentorias gratuitas a alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão, em Vitória.
Chamados de tutores, os estudantes do Leonardo auxiliam os do Aristóbulo nas disciplinas de Matemática, Inglês, Arte e Educação Financeira, e os encontros acontecem todas as sextas-feiras. Ao todo, são 16 alunos que recebem as aulas e 40 tutores.
Para ser voluntário, o interessado precisa ter tido um bom desempenho acadêmico no ano anterior e ele também é analisado em relação ao seu perfil, se realmente se encaixa no papel de professor.
Eles são acompanhados regularmente durante todo o ano por dois docentes que os orientam sobre como planejar e executar o plano de aula de acordo com a demanda.
Francis Barreto Monteiro, professor de Matemática que está à frente do projeto, comentou que, com seu suporte, os tutores planejam as aulas ao longo da semana, preparando o material, a lista de exercícios e a dinâmica.
Segundo o profissional, o Parceria Solidária é benéfico porque os alunos do Leonardo podem ter um contato mais próximo com os estudantes de escola pública. Visões e experiências são compartilhadas.
“Eles também entendem a dinâmica do professor ao precisar preparar as aulas e acabam se sensibilizando com o nosso papel”.
“A ação traz senso de humanidade muito grande. Qualquer profissão que lida com atendimento ao público precisa de uma sensibilidade porque vai ter, de repente, alguém que não estará em um dia tão bom e é necessário o acolhimento”, completou.
Dentre os tutores estão Isabela Andrade e Felipe Antunes. Já Thayla Araújo, Miguel Andrade, Marcos Henrique de Jesus, Vitória Borges, Rogério Portugal e Eduardo Santos são alunos do Aristóbulo.
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