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O que a educação fez por mim: Carlos André de Oliveira e Alessandro Bermudes

Diretor-executivo do Sistema OCB/ES e professor do Ifes fazem relatos


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Imagem ilustrativa da imagem O que a educação fez por mim: Carlos André de Oliveira e Alessandro Bermudes
Carlos André Santos de Oliveira |  Foto: © Divulgação/Acervo pessoal

Poder de transformação

“A educação foi responsável por escrever uma boa parte da minha história. Nascido e criado em Itaquari, Cariacica, sempre fui estimulado e cobrado pelos meus pais a estudar, pois eles entendiam que essa era a única forma de avançarmos e prosperarmos na vida.

Esse incentivo fez toda a diferença para que aquele menino, vindo de um bairro humilde, pudesse acessar oportunidades diversas. Naquela época, ir para a escola e conseguir se manter nela não era algo tão fácil.

Ainda assim, com todo o apoio familiar, pude ocupar as carteiras escolares, que me ensinaram não apenas sobre as disciplinas do currículo, mas conhecimentos e experiências que me moldaram enquanto pessoa. Desde muito cedo, conheci o poder de transformação que a educação tem.

Fiz faculdade de Ciências Contábeis e me pós-graduei em Gestão Empresarial. Hoje, além de ser vice-presidente do Sebrae-ES, atuo como diretor-executivo do Sistema OCB-ES. Em ambas as instituições, uma das missões é capacitar seu público-alvo. Ainda hoje a educação segue firme em minha vida.”

Carlos André Santos de Oliveira, 56 anos, vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES, diretor-executivo do Sistema OCB/ES e assinante do jornal A Tribuna

Imagem ilustrativa da imagem O que a educação fez por mim: Carlos André de Oliveira e Alessandro Bermudes
Alessandro Bermudes |  Foto: © Divulgação/Acervo pessoal

“Virada de chave na vida”

“A educação foi a virada de chave da minha vida. Nascido em um lar humilde e de pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, tive o privilégio de ter em meus pais os principais incentivadores para que um menino que nasceu em uma comunidade com alto índice de violência pudesse chegar ao doutorado e ser aprovado em concurso federal.

Estudei o ensino fundamental em escola pública, fazendo o ensino médio técnico no colégio Americano Batista. Depois, fui aprovado no processo seletivo da Ufes em Ciências Biológicas. Fiz mestrado e doutorado em Fisiologia Vegetal.

Sou professor de Biologia há 30 anos e estou no Ifes há 13. Hoje trabalho com o projeto 'Ifes é meu lugar', que teve início em 2017. Ele prepara alunos da rede pública para o processo seletivo da instituição. Hoje contamos com duas turmas de 45 alunos.

A minha inspiração para esse projeto foi a minha história de aluno de escola pública junto com o sonho dos meus pais, que eu estudasse na escola técnica, hoje Ifes. Não realizei o sonho de ser estudante de lá, mas Deus me presenteou com uma aprovação no concurso federal para ser professor da instituição”.

Alessandro Bermudes, 50 anos, professor de Biologia do Ifes

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