Agronegócio capixaba: exportação é a maior da história
Agronegócio capixaba tem o maior valor em vendas de produtos ao exterior de todos os tempos, alcançando total de R$ 4,8 bilhões
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As exportações de produtos do agronegócio no Espírito Santo atingiram um recorde histórico nos quatro primeiros meses deste ano, somando mais de mais de US$ 928,9 milhões (ou R$ 4,8 bilhões) em valores.
Como as vendas para o exterior são feitas com pagamento em dólar, o exportador recebe uma carta na moeda estrangeira e faz com o banco o câmbio por reais, num procedimento em que o Banco Central fica com os valores em divisa de outros países. Esses dólares vão para reserva internacional brasileira.
“Quando aumentam as exportações, aumenta o número de divisas e muito possivelmente o número das nossas reservas internacionais”, explicou o economista Ednilson Felipe, coordenador do Observatório do Desenvolvimento Capixaba.
O resultado representa um crescimento de 71,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi significativamente superior ao nacional, cujo índice foi de 3,7%.
Mais de 878 mil toneladas de produtos do agronegócio capixaba foram exportadas, representando um crescimento de 10%, conforme a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag).
Café e derivados, celulose e pimenta-do-reino representaram 95,2% do valor total comercializado no período, segundo a Seag.
Os produtos foram para 101 países, sendo os Estados Unidos o principal parceiro comercial do agro, com 27,1% do valor comercializado. Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o resultado é “decorrente principalmente de preços internacionais favoráveis para boa parte de nossos produtos, além do elevado volume comercializado no complexo café”.
Nos primeiros quatro meses deste ano, foram exportadas 2,6 milhões de sacas de café, sendo 2,3 milhões de conilon, 171,4 mil de arábica e 188,2 mil sacas equivalentes de solúvel.
O complexo cafeeiro, segundo Bergoli, continua sendo o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas.
O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, destacou que 2024 começou muito bem e provavelmente será fechado com resultados históricos, o que é muito positivo para o desenvolvimento do Estado.
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Exportações
As exportações no Espírito Santo atingiram um recorde histórico nos quatro primeiros meses deste ano, somando mais de mais de US$ 928,9 milhões (ou R$ 4,8 bilhões) em divisas.
As divisas são as cartas de crédito, em dólar, que o banco troca com os exportadores por real.
Variações positivas no valor comercializado:
Carne bovina: (+2.118%)
Café cru em grãos (+212,5%)
Álcool etílico (+127,7%)
Mamão(+29,1%)
Chocolates e preparados com cacau (+25,5%)
Celulose (+19,5%)
Gengibre (+11,3%)
Café solúvel (+2,6%)
Queda: houve queda em divisas na carne de frango (-32,8%), nos pescados (-19%) e na pimenta-do-reino (-0,3%).
Variações positivas no volume comercializado
Carne bovina (+2.449%)
Café cru em grãos (+265,5%)
Álcool etílico (+126,9%)
Mamão (+34,7%)
Chocolates e preparados com cacau (+15,3%)
Café solúvel (+2,3%).
Queda: houve na quantidade exportada de carne de frango (-40,2%), peixes (-30,8%), gengibre (-22,4%), pimenta-do-reino (-21,2%) e celulose (-4,6%).
Destaque
Dez produtos chamaram a atenção nos quatro primeiros meses deste ano, pela geração de divisas):
1º: Complexo cafeeiro com US$ 513,7 milhões/ R$ 2.642,83 bilhões (55,3%).
2º: Celulose com US$ 316,3 milhões/R$ 1.627,27 bilhão (34,1%).
3º: Pimenta-do-reino com US$ 54,3 milhões/R$ 279,36 milhões (5,8%).
4º: Carne bovina com US$ 9,4 milhões/ R$ 48,36 milhões (1%).
5º: Mamão com US$ 8 milhões/ R$ 41,16 milhões (0,86%).
6º: Chocolates e preparados com cacau com US$ 6,3 milhões/ R$ 32,41 (0,68%).
7º: Álcool etílico com US$ 4,1 milhões/ RE 21,09 milhões (0,44%).
8º: Gengibre com US$ 3,9 milhões/ R$ 20,06 milhões (0,43%).
9º: Peixes com US$ 2 milhões/ R$ 10,29 milhões (0,22%).
10º: Carne de frango com US$ 1,9 milhão/ R$ 9,77 milhão (0,20%).
O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 9 milhões/ R$ 46,30 milhões (0,97%).
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