Novas injeções mais potentes contra colesterol e diabetes
Medicamentos reduzem a quantidade de aplicações em pacientes e aguardam liberação do governo para serem vendidos
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Duas “armas” prometem trazer alívio para quem tem diabetes e colesterol. São novas injeções mais potentes: uma com duas aplicações por ano e a outra que precisa ser aplicada só uma vez por semana.
Uma delas, responsável pelo controle do colesterol considerado ruim, o LDL, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O fármaco ganhou o nome comercial de Sybrava.
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Desenvolvida pela farmacêutica Novartis, a incilsirana demanda apenas duas injeções no abdômen ao ano e consegue reduzir em 50% os níveis do composto gorduroso, o colesterol LDL.
Após três meses, uma segunda dose é injetada, e as consecutivas são feitas a cada seis meses.
A bula da Sybrava informa que é necessário fazer uma dieta para baixar o nível de colesterol antes de tomar as injeções. Também se recomenda a utilização de outros remédios usados para tratar colesterol – por exemplo, a estatina. Ambas as medidas devem ser mantidas enquanto são feitas as aplicações de Sybrava.
O fármaco agora passa para a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão responsável por definir os preços máximos que remédios podem ter no País.
A outra novidade é de duas pesquisas apresentadas no final de junho no congresso da Associação Americana para Diabetes (ADA), sendo observado um efeito positivo de uma nova insulina aplicada uma vez por semana.
A insulina, chamada icodeca, é produzida pela Novo Nordisk. A farmacêutica também financiou os estudos. A companhia submeteu a insulina semanal à avaliação da Anvisa em abril de 2023. A análise deve durar entre 16 e 24 meses.
Após isso, caso autorizada, é necessária a regulação do preço, processo que pode demorar alguns meses.
Queulla Garret, endocrinologista e metabologista, classifica a insulina semanal como um grande avanço. Mas Queulla destaca que ela não substitui a insulina rápida, que é aquela aplicada antes da refeição.
Ansiosa pela chegada de novo remédio
Quem está ansiosa pela liberação no Brasil de uma insulina semanal é a técnica de enfermagem e estudante de Nutrição Luana Lipaus Cassani, de 31 anos.
Há dois anos, ela recebeu o diagnóstico de diabetes. Inicialmente, do tipo 2, dando início ao tratamento.
Só que, ao perceber que algo estava errado, já que perdeu 30 quilos em 10 meses, ela trocou de médico.
Ao fazer novos exames, veio a surpresa. “Fui diagnosticada com diabetes tipo 1, raro na fase adulta. Comecei a usar insulina imediatamente, pois o médico disse que eu corria risco de entrar em coma a qualquer momento”.
Grávida de quatro meses, ela faz aplicações diárias e reforça os cuidados com a doença, mantendo sempre seu controle. Para isso, anda sempre com insulina, além de usar sensor de glicose subcutâneo.
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Controle do colesterol alto
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro em junho para a Sybrava, novo medicamento injetável com duas aplicações ao ano, fabricado pela Novartis.
O fármaco tem a incilsirana como princípio ativo. Essa substância impede a produção da proteína PCSK9, que por sua vez tem relação com níveis de colesterol ruim. Por isso, também controla os índices de colesterol.
A injeção é aplicada sob a pele do abdômen por um médico ou outro profissional da saúde. Após três meses, uma segunda dose é injetada e as demais a cada seis meses.
Menores de 18 anos não devem tomar o medicamento, assim como pessoas alérgicas a algum dos componentes devem evitá-lo. Grávidas ou quem está amamentando podem utilizá-lo, mas sob orientação.
Diabetes tipo 2
Desenvolvida pela Novo Nordisk, a primeira insulina semanal deve chegar ao mercado brasileiro em 2025, após aprovação da Anvisa.
Ao ser comparada com a glargina U100 (uso diário), a icodeca demonstrou controlar melhor o diabetes, além de reduzir o risco de os pacientes sofrerem efeitos colaterais como hipoglicemias.
Os testes foram feitos em pacientes com diabetes tipo 2 descontrolada e que nunca haviam tomado insulina. Os participantes que usaram a aplicação semanal relataram melhor qualidade de vida em comparação aos que fizeram aplicações diárias.
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