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Saúde

Médicos do ES analisam a primeira vacina contra Chikungunya aprovada pela Anvisa

O imunizante pode ser aplicado em maiores de 18 anos. Butantan está trabalhando em uma versão com parte do processo feito no Brasil


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos do ES analisam a primeira vacina contra Chikungunya aprovada pela Anvisa
Cientistas já trabalham na produção da vacina, chamada de IXCHIQ: imunizante é feito com o vírus atenuado |  Foto: Robson Valverde/Agência Brasil

As doenças causadas por arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre do Oropouche) tiveram um aumento expressivo de casos no Brasil no último ano. Além das medidas já conhecidas – como uso de repelente, limpeza de quintal e eliminação de acúmulo de água –, a ciência tem investido no desenvolvimento de vacinas para evitar essas doenças.

No início do ano passado, chegou ao Brasil a vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última segunda-feira (14), o registro da vacina contra a chikungunya, chamada de IXCHIQ.

O pedido de registro foi encaminhado pelo Instituto Butantan, em parceria com a Valneva, empresa farmacêutica franco-austríaca. Com o parecer favorável do órgão regulatório, o imunizante está autorizado a ser aplicado no País na população acima de 18 anos.

A vacina contra a chikungunya já recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia.

Antes de chegar à população, o Instituto Butantan informou que está trabalhando em uma versão da vacina com parte do processo produtivo realizado no Brasil.

Será preciso ainda análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e de autoridades de saúde para que a vacina seja disponibilizada.

A pediatra, infectologista e coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), Ana Paula Burian, explica que nos Estados Unidos a vacina é recomendada para viajantes que vão para locais de risco para a chikungunya, como o Brasil.

“É uma vacina de vírus vivo atenuado, o vírus está enfraquecido por métodos químicos e físicos, sendo sua aplicação de dose única”.

“A vinda de uma vacina é algo a ser comemorado. Só a aprovação da Anvisa é uma excelente notícia, que nos dá esperança de, num futuro próximo, termos essa vacina para ser utilizada”.

A doença, que causa dores nas articulações por meses, já provocou mais de 68 mil casos prováveis apenas este ano no País e causou 56 mortes. O Espírito Santo, até o dia 5 de abril, registrou 1.534 casos prováveis da doença, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Saiba mais

Vacina contra Chikungunya

A Anvisa aprovou ontem o registro da vacina IXCHIQ, contra a chikungunya, do Instituto Butantan. O imunizante, de dose única, será indicado para a prevenção da doença em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus chikungunya.

O imunizante é uma vacina recombinante atenuada, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva. A fabricação será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. O Butantan prevê a fabricação no Brasil no futuro.

Aprovação

A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos, tendo apresentado um bom perfil de segurança e alta imunogenicidade: 98,9% dos participantes do ensaio clínico produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por, ao menos, seis meses. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, em junho de 2023.

O imunizante contra a Chikungunya já recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia.

Proteção

No estudo clínico de fase 3 feito com adolescentes brasileiros, publicado na The Lancet Infectious Diseases em setembro de 2024, após uma dose da vacina, foi observada presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vírus.

A proteção foi mantida em 99,1% dos jovens após seis meses. A maioria dos eventos adversos registrados após a vacinação foi leve ou moderada, sendo os mais relatados dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre.

Quem não pode usar?

A vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.

Quando chegará à população?

O Instituto Butantan informou que está trabalhando em uma versão da vacina com parte do processo produtivo realizado no Brasil. A versão usa componentes nacionais e será melhor adequada à incorporação pelo SUS, pendente análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), Programa Nacional de Imunizações e demais autoridades de saúde. A partir da aprovação pelo Conitec, a vacina poderá ser fornecida.

O Ministério da Saúde informou que dará início à análise para sua inclusão no SUS, a ser avaliada pela Conitec. A expectativa é que, uma vez aprovada e com capacidade produtiva, a vacina seja incorporada ao calendário nacional de vacinação.

A doença

A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.

Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Alguns pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações, afetando severamente sua qualidade de vida.

Fonte: Anvisa e Butantan.

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