Judiciário busca empréstimo para a digitalização
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Um aporte de US$ 35 milhões (cerca de R$ 175 milhões) está sendo pleiteado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com intuito de avançar o programa de digitalização. A proposta entrou em análise na comissão de Relações Exteriores do Congresso.
O presidente do TJ-ES, Fábio Clem de Oliveira, aponta que atualmente o judiciário capixaba tem 75% dos seus processos ainda em estágio analógico. “Precisamos avançar logo no uso da ferramenta digital”, pontua. E assegura que o pedido do empréstimo foi “muito bem discutido e está sendo feito em bases consistentes”.
Inclusão social
O programa digital do TJ-ES inclui a contratação de presidiários de boa conduta e de pessoas portadoras de deficiência para executar tarefas de digitalização dos processos das comarcas. Hoje, no ranking da informatização dos tribunais de Justiça do País, o capixaba está atrasado.
No compasso
Cantora Marisa Monte fechou memorável show, em Vitória, exaltando respeito às instituições e lembrando o tempo que falta para as eleições. Rolou na plateia um certo “Fora...”. Ela: “Democracia é isso, todos se manifestam. E vamos valorizar as bibliotecas e florestas”, afinou.
NO TÚNEL DO CONGO – Flagrante relíquia de Tião Xará, de 2004, mostra o mestre do congo, saudoso maestro Jaceguay Lins, tietado por um atento jovem. Trata-se do então emergente escritor Caê Guimarães, que no ano passado venceu o concurso literário nacional do Sesc.

Beleza e peso político
As comemorações dos 101 anos de Colatina fustigaram a memória local sobre um episódio ocorrido em 1930. No concurso Miss Brasil daquele ano, a bela colatinense Maria Rosa Ferrari representou o Espírito Santo e era favorita, mas ficou em terceiro lugar. “Defeitos” atribuídos a ela: pele clara e olhos verdes, “que não combinavam com a morenice brasileira”. Pesou a influência política dos gaúchos e paulistas, que conquistaram o primeiro e segundo lugares.
A “poluição” visual
A anunciada construção de viaduto em Goiabeiras, para melhorar o trânsito rumo ao aeroporto de Vitória, quebra o paradigma de poluição da paisagem. Antes de duplicar a avenida Fernando Ferrari, o então prefeito João Coser encomendou estudo e pesquisa sobre a obra. Houve projeção de um elevado como alternativa, rechaçada pela população consultada. “Capixaba não gosta de intervenção brusca na paisagem”, concluiu Coser, na época.
O impacto imobiliário
A construção de elevados para desafogar trânsito e evitar complexas desapropriações é vista com cautela por governantes. Exemplo emblemático é o do minhocão paulista, que desafogou o fluxo, porém deteriorou significativamente o patrimônio imobiliário ao redor.
Santo de casa
Se depender de votos da terra natal para se reeleger, o governador Renato Casagrande não vai encontrar caminho fácil. Lideranças de Castelo, de olho no perfil conservador da maioria da população, projetam na campanha crescimento de opositores ligados a Bolsonaro.
Vidas secas
Impressionante, nas redes sociais, a série de fotos sobre o impacto da estiagem nas matas ao redor do Convento da Penha, deixando árida a paisagem cartão-postal dos capixabas. O preocupante é que a primavera que se espera ainda demora semanas.
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