Disputa após prisões de traficantes faz aumentar assassinatos, diz PM
Na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, grupos criminosos rivais disputam pontos de tráfico de drogas
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Uma disputa comercial por pontos de tráfico de drogas entre facções criminosas rivais tem feito vítimas na região 5 da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, que compreende bairros como Barramares e Ulysses Guimarães. De acordo com a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), a prisão de lideranças do tráfico teria aumentado o número de assassinatos na região.
Para o comandante geral da Polícia Militar (PM), coronel Douglas Caus, os assassinatos na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, têm relação com a prisão de grandes lideranças do tráfico de drogas do Estado.
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O coronel explica que, quando várias lideranças de uma facção são presas, o grupo criminoso se enfraquece e, por isso, outras facções concorrentes tendem a disputar áreas comerciais de tráfico de drogas.
O líder do tráfico em Terra Vermelha e comandante do Primeiro Comando de Vitória (PCV), Cleuton Gomes Pereira, conhecido como “Frajola”, por exemplo, foi preso em março de 2022, assim como outros três membros da liderança da PCV, que é afiliada ao Comando Vermelho (CV). As facções Terceiro Comando Puro (TCP) e Primeiro Comando da Capital (PCC), ambas relacionadas à Família Capixaba, disputam territórios com a PCV.
“Hoje, (Grande Terra Vermelha) é a região mais disputada da Grande Vitória. Ao todo, já fizemos mais de 650 operações na região, cumprimos 23 mandados de prisão, apreendemos 19 armas, inclusive um fuzil, e prendemos todas as lideranças do Primeiro Comando de Vitória”.
Caus tranquiliza a população da Grande Terra Vermelha e diz que, nos próximos dias, haverá reforço policial com tropas especializadas, como o Batalhão de Ações com Cães, a Cavalaria da PM e o Batalhão de Missões Especiais, além de mais viaturas policiais.
O “feriadão de Tiradentes” teve, pelo menos, dez assassinatos em todo o Estado. Só em Vila Velha, pelo menos, quatro pessoas foram mortas nos últimos três dias. O jornal A Tribuna questionou, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (23), à tarde, se este feriadão teria sido o mais violento de 2023, mas o balanço ainda estava em contabilização e deve ser divulgado nesta segunda-feira (24).
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