Filho de juíza pernambucana é indiciado por atropelar casal em moto em Jaboatão
O caso será encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsável por oferecer ou não a denúncia à Justiça
O filho de uma magistrada foi indiciado pela Polícia Civil após atropelar um casal que estava em uma moto no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, em 20 de abril deste ano. O jovem, de 19 anos, não possuía habilitação e fugiu do local sem prestar socorro.
De acordo com as investigações, ele conduzia um carro branco quando se chocou com um casal de motociclista que havia acabado de sair da missa num cruzamento. Após o acidente, o rapaz escondeu o veículo na residência da avó. Durante o inquérito, confessou que dirigia sem habilitação. O nome dos envolvidos não foi divulgado.

Segundo o advogado Kleber Freire, o indiciamento foi feito por lesão corporal culposa no trânsito, com agravantes: não possuir habilitação — o que aumenta a pena em um terço — e fugir do local sem socorrer as vítimas, o que também eleva a punição.
O caso será encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsável por oferecer ou não a denúncia à Justiça. Pelas imagens, a impressão que passa é que o motociclista também atravessou o cruzamento sem parar.
Segundo o advogado do casal, Kleber Freire, as vítimas são atletas e ainda enfrentam sequelas do acidente. Wana, a passageira da moto, sofreu uma fratura grave no fêmur e precisou passar por cirurgia para implantação de uma placa metálica. “Ela está em tratamento clínico e fisioterapia, mas o impacto compromete a vida dela como atleta”, disse o defensor.
A magistrada mãe do indiciado inicialmente se apresentou como condutora do carro, segundo as vítimas, e chegou a enviar mensagens culpando o casal pelo acidente. Apesar disso, ela não foi indiciada, mas poderá responder judicialmente em ação cível movida pelas vítimas. (Veja a mensagem enviada pela juíza).

O inquérito policial foi concluído após cinco meses de investigação. O caso está agora sob análise da Central de Inquéritos, que deve encaminhar a denúncia para uma das varas criminais de Jaboatão.
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