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Entretenimento

Ilha de Fernando de Noronha inspira escritores

Prestes a completar 520 anos de descobrimento, Fernando de Noronha é narrada em livros de variados gêneros


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Imagem ilustrativa da imagem Ilha de Fernando de Noronha inspira escritores
|  Foto: Divulgação

Além de ser um belo destino paradisíaco, ao longo dos anos, Fernando de Noronha também serviu de inspiração para escritores e historiadores criarem livros ambientados na ilha. O arquipélago, que nesta quinta-feira (10) completa 520 anos desde que foi descoberta pelo navegador Américo Vespúcio,  está imortalizado em obras que vão desde quadrinhos, cordéis e livros infantis, até trabalhos de história, romances policiais, contos e lendas. 

Um dos principais livros para quem quer conhecer o arquipélago, desde a época do descobrimento até os dias mais recentes, é o “Fernando de Noronha – cinco séculos de história”, de Marieta Borges, falecida em 2015. Com mais de 300 páginas, é possível fazer uma viagem por todos os períodos da ilha nesses quase cinco séculos, em seis grandes capítulos e com imagens raras. 

O leitor vai encontrar no livro de Marieta referências de todas as épocas, desde quando Américo Vespúcio descobriu a ilha, em 1503, passando pela história das presenças estrangeiras ao longo dos séculos, a época em que Noronha se transformou em presídio político, entre outras curiosidades. Além disso, a autora explica a origem geográfica do arquipélago, que surgiu a partir de erupções vulcânicas. Algumas lendas que existem na ilha também fazem parte da obra.

Lendas, aliás, que permeiam o trabalho do escritor noronhense Ikaro Silvester desde os 17 anos de idade, quando ele resolveu transformar em ficção as histórias mágicas de Noronha. Universos paralelos que percorrem os nove romances de ficção de Ikaro (todos disponibilizados na Amazon), entre eles, a série “As crônicas dos alcanos”, com três volumes. Para o autor, que publicou o primeiro livro em 2019, ser um escritor insular faz parte do seu destino, já que cresceu em um universo imagético e folclórico muito forte.  As ideias para escrever os livros, segundo Ikaro, são as lendas, os mitos e as histórias de Noronha, misturando o fantástico e o lúdico. . 

Em “Fernando de Noronha – Ilha mágica”, de Genaro Pinheiro, as memórias histórico-sentimentais trazem a riqueza documental, com vasto acervo iconográfico, apresentando uma Noronha sob a perspectiva do afeto. Já o livro fotográfico “Oceânica Noronha”, de Nicia Guerriero, reeditado em 2002, tem mais de 100 imagens da ilha destacando a natureza como um todo, a fauna, a flora, o mar, as formações geológicas e o turismo. Também de fotos, o livro “Azul Blue”, de Marcelo Maragni, destaca o surfe como tema central da obra.

No aspecto mais literário, destaca-se “Fernando de Noronha – da ilha maldita ao paraíso”, escrito por Ely Pereira de Ávila, tendo como base o resgate histórico sobre a ocupação da ilha, misturando fatos com criações ficcionais, abordando o sofrimento das pessoas que foram sentenciadas e cumpriram pena na ilha. Neste livro o leitor vai encontrar a trajetória de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, mandado para o arquipélago após o golpe de 1964, quando foi destituído do cargo. Outros personagens são registrados nas páginas, como o sanfoneiro Lampião, o cangaceiro Galo Branco e o guarda geral Davi Velho. 

Na mesma linha, “Fernando de Noronha e os ventos da Guerra Fria”, da historiadora Graziele Rodrigues, resultado de mais de 10 anos de pesquisa, apresenta ao leitor o lugar estratégico para o Atlântico Sul. Um ponto de observação fundamental dos EUA contra os inimigos no período da Guerra Fria, com total apoio do governo brasileiro.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E POESIA

Graziele também escreveu “A galera da ilha – descobrindo Noronha”, uma HQ que traz na narrativa a personagem de uma professora chamada Grazi, que conta a duas aluna suas   o surgimento e a história do arquipélago de Fernando de Noronha. Graziele Rodrigues, que mora há 47 anos em Noronha, e é autora de quatro livros, onde a história da ilha é também  a história da família dela, que chegou no arquipélago em 1946 para ajudar a reconstruir Noronha do pós-guerra. “

Compilando temas que passeiam por geologia, astronomia, meio ambiente e causos locais, o recente “1101 Curiosidades sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha”, de Daniela Garcia Mesquita, faz uma jornada divertida pelos mistérios do arquipélago, com pitadas de aventura.

Outros livros de ficção complementam a bibliografia, tendo Noronha como tema. O ex-conselheiro distrital, Emerson Nilson, falecido em 2019, escreveu “Pavônia”, sobre uma mulher imortal condenada a viver na ilha. A personagem passa, então, a ver constantemente pelas terras noronhenses piratas, viajantes e prisioneiros. 

Algumas obras foram inspiradas na tradição oral noronhense ou tem Noronha como pano de fundo. Os de poesia, por exemplo, ressaltam, sobretudo, a condição humana, o amor e a solidão. Os destaques vão para “Alma de cacto”, de Amandi Cortêz, “Noronha...eu digo sim!” e “O portal”, de Elda Paz. Esse último tem muito das lembranças da autora, quando ela se mudou para ilha com os pais em 1982, saindo da cidade de Paulista-PE. 

LITERATURA INFANTIL E SUSPENSE

Obras infantis que utilizam Noronha como cenário também podem ser encontradas, como os livros escritos pela jornalista pernambucana Cláudia Prosini. São eles: “Nina e as Tartarugas”; “Nina e o Tubarão”; “Carol Meyer: a mulher do fundo do mar”; “A menina que queria ser peixe”; “A ilha de Maria Clara”; e “O tesouro da ilha”.

“A fantástica descoberta em Fernando de Noronha”, de Marcello Fuitem, é outro livro voltado para o público infantil. No enredo, duas crianças estão de férias na ilha e descobrem um portal onde passado e presente se misturam mostrando um lugar totalmente diferente do que eles conheciam.

Noronha também serviu de inspiração para obras de suspense. Como o romance policial “Presos no Paraíso”, primeira incursão na ficção do jornalista paraibano radicado em Minas Gerais, Carlos Marcelo, lançado em 2017. O autor, que fugiu totalmente da imagem turística da ilha, ambientou o enredo no arquipélago com todas as peculiaridades do lugar.

Também autor de um romance policial ambientado na ilha, o policial civil Marcelo Barros, ex-delegado de Noronha durante seis anos, entre 2011 e 2017, lançou, em 2019, “Mar de fora”, focando a trama na investigação de um crime. No enredo, o personagem Fausto, delegado na ilha, tenta descobrir o culpado por um assassinato brutal. Fausto, aliás, está na ilha como punição por conta de um erro no trabalho na capital Recife.

BIBLIOTECA DA ILHA

A maioria dos livros citados estão disponíveis na biblioteca pública distrital Heleno Armando, localizada na Vila do Trinta. O espaço tem um acervo de mais de quatro mil obras, entre exemplares literários, históricos, fotográficos e documentais. De acordo com a bibliotecária da ilha, Ana Paula Borges, Fernando de Noronha, além de ser o lugar dos sonhos para muita gente, que vê nas belas praias do arquipélago o endereço perfeito para dias inesquecíveis, também é esse ponto de refúgio que os livros da biblioteca propiciam aos visitantes e noronhenses.

“A nossa sessão de livros sobre Noronha, por ficar em local estratégico, quando os turistas chegam para visitar a biblioteca ficam encantados. Gostam muito dessa sessão específica. Eles pegam, folheiam, leem, olham as figuras e sempre se interessam em saber um pouco mais sobre a ilha e as histórias. Então, são livros bem procurados. Os moradores vêm fazer pesquisa com esse acervo para estudar, fazer trabalhos de monografias, entre outros trabalhos”, diz.

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