A cafeicultura sustentável abre portas
Bruno Faustino escreve para a coluna Negócio Rural todos os sábados, em A Tribuna
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Os grãos de café produzidos no Espírito Santo fazem sucesso mundo afora. Até aí nenhuma novidade, não é mesmo, caro leitor?
Um recente levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) mostra isso. Nos quatro primeiros meses de 2024, a exportação de café cru em grãos cresceu 212,5%.
E não é somente o volume de produção e exportação dos grãos produzidos em terras capixabas que vem despertando a atenção do mundo para o Espírito Santo, mas sim a forma como cultivamos o café.
Prova disso foi o convite para o Estado participar da Assembleia de Membros da Plataforma Global do Café, em Amsterdã, na Holanda. A cafeicultura capixaba foi representada pelo subsecretário de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch.
O cartão de visitas: o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, que alia práticas ambientais, sociais e de governança na cafeicultura e que, atualmente, se tornou uma referência no País.
Esse “know-how” adquirido ao longo de anos de estudos e pesquisa desenvolvidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foi apresentado a representantes de outras nações que integram a Plataforma Global do Café (Vietnã, Indonésia, Honduras, Uganda e Kenia).
Além da expertise em cafés sustentáveis, o Espírito Santo se firmou junto ao “trade” quanto a segurança dos grãos capixabas.
Esse é um excelente exemplo de como uma política pública pode trazer benefícios para quem está no início da cadeia: o cafeicultor.
Atualmente, cerca de 75 mil famílias capixabas vivem da cafeicultura no Estado. A participação num evento tão importante como este também garante e atesta a qualidade do café “made in ES” para o mundo.
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E teve presente! Como falar do café do Espírito Santo sem experimentar? Os cafeicultores capixabas enviaram amostras dos grãos para que as autoridades pudessem saborear o café produzido aqui. A presidente do Conselho de Membros da Plataforma, a colombiana Adriana Mejía Curtas, foi uma das agraciadas.
Ao receber o presente, ouviu do subsecretário de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch, a seguinte frase: “Agora você vai tomar um dos melhores cafés arábica do mundo”. Ela riu, contou o subsecretário.
Será que ela irá dar o braço a torcer? Afinal, a Colômbia é um dos maiores produtores mundiais de café. Já experimentei os dois e fico com o capixaba. E você?
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