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Internacional

Brasileiro é preso suspeito de roubo de R$ 80 milhões no Paraguai

Na ação, assaltantes escavaram um túnel de 180 metros de extensão para acessar um banco


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Um brasileiro foi preso pela polícia paraguaia suspeito de ser um dos mentores do assalto cinematográfico que levou US$ 16 milhões (cerca de R$ 80 milhões) em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR), no início deste mês.

Fábio Dornaldo Moraes, de 42 anos, foi preso em uma região de mata nesta quinta-feira (15), informou a polícia paraguaia. "Gordinho", como é conhecido, foi detido no distrito de Capitán Bado, segundo o jornal paraguaio La Tribuna.

Os policiais foram ao local em busca de suspeitos de um assassinato ocorrido em setembro do ano passado, mas acabaram encontrando o brasileiro.

A polícia informou, em entrevista coletiva, que Fábio tentou fugir quando viu os agentes, mas foi alcançado.

O brasileiro é de Porto Alegre (RS), segundo o La Tribuna.

O UOL entrou em contato com a PF (Polícia Federal), que participa das investigações, sobre a prisão e tenta contato com o brasileiro. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

O CRIME

Um grupo de ladrões realizou um assalto cinematográfico no Paraguai, nos moldes da quadrilha do Banco Central de Fortaleza em 2005, no Brasil. Eles levaram US$ 16 milhões (cerca de R$ 80 milhões) da ACT (Associação dos Trabalhadores de Câmbio), em Ciudad del Este, região de fronteira com Foz do Iguaçu (PR).

Para chegar ao cofre, os assaltantes escavaram um túnel de 180 metros de extensão e fizeram um buraco de 70 cm de diâmetro para acessar a ACT. Segundo a polícia paraguaia, o bando usou até material acústico para evitar ruído e não atrair a segurança. Os criminosos furtaram o dinheiro de ao menos 180 cambistas.

Os "engenheiros do crime" também utilizaram macacos hidráulicos, equipamentos de perfuração, inibidores de sinal e sensores de movimento. Policiais paraguaios entraram no túnel para fazer uma perícia, mas suspenderam os trabalhos porque encontraram vários explosivos.

Autoridades paraguaias disseram que a PF se uniu às investigações. O objetivo é apurar se houve participação de facções criminosas brasileiras no crime, especialmente o PCC (Primeiro Comando da Capital).

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