X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Filmes e Séries

Música, sonhos e preconceito no cinema

"Divertimento" aborda temas relevantes e até óbvios


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Música, sonhos e preconceito no cinema
Cena de “Divertimento” |  Foto: Reprodução/ Youtube

São vários os eixos que desenvolvem “Divertimento”. Preconceito contra as mulheres no mundo musical é o mais óbvio deles. Preconceito na França contra os árabes, o que é coisa corrente. O preconceito de classe social fecha a série. Tratados com alguma - ou muita - demagogia, costumam dar resultados lamentáveis. Evitá-los é, certamente, a primeira virtude da diretora deste filme, Marie-Castille Mention-Schaar.

Não a única, certamente. Ela busca boas personagens: as adolescentes Zahia a Fatouma Ziouani. A segunda é violoncelista: as dificuldades que enfrentará estão dentro do padrão dos praticantes de música erudita. Zahia terá um caminho mais espinhoso, pois sonha em ser chefe de orquestra, maestrina.

A origem árabe, a modéstia familiar e o fato de ser mulher, tudo isso pesa muito contra ela. Mention-Schaar trata suas dificuldades com discrição, um comentário aqui, uma reprimenda ali basta para sabermos que o caso é mesmo de preconceito, derivando para tratamentos desiguais.

O filme trata também desigualmente o rival de Zahia, um jovem favorecido por mestres -os homens, no caso - e colegas. O longa não precisaria tratá-lo como antipático e arrogante. Trata-se da velha necessidade de criar um antagonista a todo custo. Era dispensável, porque "Divertimento" deixa claro o quanto o ambiente musical é povoado de egos e rivalidades. Zahia não é exceção.

A intriga aqui é o que menos importa. A virtude do filme é penetrar adequadamente nas dificuldades de formação de um músico e, mais ainda, de um maestro. Pior, claro, se for maestrina. No caso de Zahia, pesa bastante o fato de ter sido acolhida por um maestro célebre, como Sergiu Celibidache.

É por ele que Zahia - e nós, por tabela - é introduzida à tremenda solidão do músico. Sabemos já como as coisas se passam com Fatouma, a violoncelista, a exigência dos estudos, a busca pela excelência.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: