Teatro musical “Entre Gerações” nesta quarta-feira na Ufes
Espetáculo com entrada gratuita fala sobre as várias fases da vida do personagem José, mostrando suas vivências
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Uma emocionante história de superação e amor entre mãe, pai e filhos em diferentes fases da vida com o renomado ator Jandir Ferrari será a atração desta quarta-feira (16) no Teatro da Ufes.
O musical “Entre Gerações” homenageia a força dos laços familiares em duas sessões, às 18h e às 20h, e lembra o Dia Internacional do Idoso. A entrada é gratuita.
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Jandir Ferrari dará vida a José. A peça remonta a vida do personagem em várias fases e mostra como as vivências fazem parte da formação de quem ele é, valorizando as memórias e experiências.
“É enriquecedor contracenar com atores de várias faixas etárias. Ninguém nunca sabe tudo. Mesmo eu, com 40 anos de carreira, aprendo coisas novas com atores mais novos. Tenho muito a ensinar e muito a aprender, diariamente. A troca aconteceu em cena e fora dela também”, disse ele.
Victor Galisteu interpreta José na fase jovem. “Espero que o público possa ser tocado por essa história e se apaixone pelo sua trajetória assim como eu me apaixonei. Um garoto de origem humilde e de cidade pequena que não se mostrou 'fraco' diante das dificuldades da cidade grande e do mundo como ele é, ou era”.
A atriz e cantora Ana Terra Blanco garante que o público pode esperar muita emoção, nostalgia, arrepios e identificação. “É algo mágico que acontece”.
“Meu papel é de grande responsabilidade e amor. Faço a mãe do protagonista José. Ela é uma mulher forte, guerreira, carinhosa e de muita fé que acompanha o crescimento e trabalho duro do filho”.
Com direção artística do carioca Rômulo Rodrigues e direção musical de Rodrigo CX, o espetáculo conta a história de superação, amor e desafios de uma vida em família.
Através de uma narrativa que atravessa diferentes fases da vida, o musical celebra a força dos laços familiares e a capacidade humana de enfrentar desafios com coragem e resiliência.
O espetáculo é formado por 22 profissionais entre atores, dançarinos, músicos e equipe técnica. “‘Entre Gerações’ vem com a missão de contar histórias recheadas de valores que são passados de pai e mãe para os filhos e/ou avós para netos na linguagem do teatro musical e ajudar a perpetuar a valorização da cultura”, disse Cássia Coppo, CEO da Coppo Consultoria e Projetos.
Musical “Entre Gerações”
Quando: nesta quarta-feira (16), com sessões às 18h e às 20h.
Onde: Teatro da Ufes. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória.
Entrada: gratuita.
Retirada de Ingressos: www.musicalentregerações.com.br.
Elenco: Victor Galisteu, Maria Vitória Rodrigues, Ana Terra Blanco, Fernando Leão, Thuca Soares, Matheus França, Átila Soares, Tyago Caetano, Karine von Brandenburg e o ator convidado Jandir Ferrari.
Cenas
Jandir Ferrari, ator: “Alegria e emoção no palco”
A Tribuna - O musical vai lembrar o Dia Internacional do Idoso. Como acontece esse diálogo com o tema?
Jandir Ferrari - "Vamos ter o personagem José dizendo que muitas vezes é esquecido, e logo começa a recordar a vida que viveu, as lembranças e tudo que já passou. Por isso o nome 'Entre Gerações'. Na peça ele diz que a raiz forte foi a família. Isso vai se construindo quando ele conhece a mulher e se casa. Na peça aparecem familiares dele revivendo situações e mostrando que a idade trouxe ensinamentos.
Além disso, aparecem as mudanças, as descobertas durante a evolução, as invenções como DVD, telefone celular e chamada de vídeo. Então, ele mostra que a vida tem muita coisa para ensinar. O idoso não é uma pessoa que ficou impossibilitada de ajudar, de ensinar, de mostrar experiência.
Essa valorização está presente durante todo o espetáculo. E também tem a valorização da família, dos laços que foram tirados durante essa vida. É muito legal, é leve."
- Depois de ter feito tantos trabalhos na sua vida, você ainda se encanta em contar histórias como essa?
"Me encanto porque me preocupo muito com a valorização do idoso. Eu acho que precisamos sempre estar atentos com a saúde do idoso e com a valorização dele. E é claro que todo idoso vai ter as dificuldades de saúde, que as coisas vão começando a ficar mais difíceis, mas é importante que ele tenha o apoio e entenda que tudo faz parte de uma grande máquina. De que as coisas são necessárias, as pessoas evoluem, que os ensinamentos serão passados de pai para filho, para neto.
No auge dos meus 40 anos de profissão, não posso simplesmente achar que estou começando agora, que não aprendi nada durante todo esse tempo. Eu acho que nesses 40 anos de profissão, iniciados ainda durante o final da adolescência, eu fui aprendendo o mundo do teatro. Meu interesse por tudo isso e a forma como a minha carreira se estabilizou, tudo isso tem a ver com o tempo que a gente vai dando passos na vida."
- Como foi contracenar com artistas que são mais jovens e poder passar essa experiência?
"Maravilhoso. Minha estreia no teatro foi em 1984. Depois disso, muita coisa aconteceu. Fiz novelas, cinema, muito teatro. Mas apenas há três anos resolvi buscar diploma de bacharel de ator, de teatro. Acabei de ser diplomado como bacharel depois de 40 anos de profissão.
Para a peça, pude trazer a minha experiência, mas também pude aprender com os atores mais jovens. Todos nós temos coisas a aprender. Nunca podemos achar que sabemos de tudo. Nós vamos aprendendo e ensinando. Foi uma troca de conhecimento entre gerações, no palco e nos bastidores.
Sem falar que são talentosíssimos, com as vozes maravilhosas. O público pode esperar alegria e muita emoção no palco."
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