Feras do samba vão agitar o “Botecão”

O grupo Fundo de Quintal, que celebrou 45 anos de carreira em 2022, toca sábado |  Foto: Divulgação

Fundo de Quintal e Turma do Pagode são os nomes da música nacional que vão animar o “Botecão”, que acontece sexta-feira e sábado, no estacionamento externo do Shopping Vila Velha.

Além de shows de samba e pagode, a festa vai contar com as delícias do “Roda de Boteco”. É que nos dois dias os petiscos participantes desta edição serão servidos em porções reduzidas no valor de R$ 20. Para fechar, ainda serão reveladas as melhores iguarias e garçons do festival.

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O agito tem início na sexta-feira com a Turma do Pagode apresentando os hits “Deixa em Off”, “Só Um Pagode”, “Camisa 10”, “Lancinho” e “Sua Mãe Vai Me Amar”. Além dos sucessos, que garantem 5 milhões de ouvintes mensais no Spotify, o grupo paulista chega com as novidades do DVD “TDP 20 - Nossa História”.

A última parte do audiovisual em comemoração aos 20 anos de carreira da banda revelou a inédita “Coisas do Amor”, gravada com Marvilla. Outro nome feminino do trabalho é o da capixaba Taianna, na canção “Não Late”. 

Ainda na sexta-feira, apresentação de PH Dias, atração regional que já cantou com Ferrugem e gravou a música “Sabrina” em parceria com Alemão do Forró.

E o show vai continuar no sábado com um dos grupos de samba mais tradicionais do Brasil! O Fundo de Quintal é a grande atração do último dia da festa de encerramento do “Roda de Boteco”.

No repertório, sucessos dos mais de 45 anos de história da banda, como “Do Fundo do Nosso Quintal”, “O Show Tem Que Continuar”, “A Batucada dos Nossos Tantãs” e “A Amizade”. Músicas do EP “Pedido de Amor”, lançado no início deste ano, também fazem parte do espetáculo. 

“Cada show é único para nós. A gente faz questão de se comunicar bem com cada público e não será diferente aí no Espírito Santo”, conta o músico Márcio Alexandre, que se juntou ao grupo em  2016, após a morte de Mario Sergio, para tocar cavaquinho.

Completam o time de atrações de sábado os grupos Pagodelas e Samba Crioulo, e o cantor Pedro Ferna, que faz sua estreia no “Botecão”. Ele sobe ao palco com banda em formato de sexteto.

“Fiquei muito feliz de ter sido convidado para fazer uma apresentação inédita. Para esta edição, montei um show especial chamado 'Samba Jobim', onde apresento músicas de Tom Jobim e clássicos da bossa nova em ritmo de samba”, adianta o artista capixaba.

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Serviço

“Botecão”

O quê: Festa com petiscos, shows e premiação do “Roda de Boteco”.

Quando: Sexta-feira, às 17h, e sábado, às 15h.

Onde: Estacionamento externo do Shopping Vila Velha. Av. Luciano das Neves, 2418, centro de Vila Velha.

Ingressos: R$ 60 (2º lote/meia), para cada dia. 

Venda: Site brasilticket.com.br.

Clas.: 18 anos.

Programação musical

Sexta-feira: Turma do Pagode (SP) e PH Dias.

Sábado: Fundo de Quintal (RJ), Pagodelas, Pedro Ferna e Samba Crioulo.

Márcio Alexandre: “O importante é a gente se divertir”

A Tribuna – O fato do “Botecão” ser uma festa que celebra os botecos já faz vocês se sentirem em casa?

Márcio Alexandre – Com certeza! Estamos muito felizes e honrados com esse convite, porque valoriza o samba nacional e a gastronomia local. 

O Brasil é tão fantástico que eventos e momentos como esses estão se tornando mais frequentes. Vamos nos sentir em casa e representar muito bem o samba brasileiro. 

Quais músicas não podem faltar no repertório?

Temos um repertório conhecido Brasil afora. Então, não podem faltar “O show tem que continuar”, “A amizade”, “Só felicidade” e tantas outras...

Como define a relação do sambista com o boteco? É como se fosse sua segunda casa?

Eu diria que é um espaço até sagrado para nós. Um espaço para se respeitar. 

Vocês preferem boteco gourmet ou boteco raiz, com cadeira de plástico e copo americano? 

Eu prefiro o boteco raiz, mas a gente tem que deixar todos serem felizes do jeito que mais gostam, seja no espaço gourmet, raiz, em casa… O importante é a gente se divertir, levar alegria para onde a gente for.

Qual tipo de quitute de boteco é o preferido do grupo? Qual prato costuma  conquistar vocês?

O sambista gosta de uma boa feijoada! (Risos) Encaro um bom mocotó, um churrasco...

O grupo celebrou 45 anos de história em 2022. Tem integrantes que estão desde o início, outros são mais jovens... Como é essa mistura de gerações no mesmo grupo?

Para mim, é uma honra estar do lado de todos os integrantes. São lendas vivas do nosso samba. Eu aprendo muito com eles. E o Fundo é essa mistura de legados para que a gente nunca deixe o samba morrer. As gerações vão passando, mas o Fundo e Quintal permanece aqui, vivo! 

Tem gente que se cansa de sambar nos shows do Fundo de Quintal. E vocês seguem firmes e fortes no palco, cheios de energia! Qual o segredo de tanta vitalidade?

É o público, sem dúvida. A gente é feliz com um público feliz, e o nosso público é muito fiel.

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