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Economia

Lula descarta reajuste abaixo do salário mínimo

Presidente rejeitou a ideia de desvincular a valorização do salário dos benefícios do INSS, medida que afetaria 300 mil só no Espírito Santo


Imagem ilustrativa da imagem Lula descarta reajuste abaixo do salário mínimo
Lula afirmou que não irá desvincular as pensões e os Benefícios de Prestação Continuada pagos pelo INSS do reajuste do salário mínimo |  Foto: RAFAEL VIEIRA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (26) que o governo está fazendo um pente-fino nos gastos da União, mas descartou a intenção de desvincular as pensões e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC/Loas) pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do reajuste do salário mínimo.

A desvinculação teria potencial para levar mais de 300 mil pessoas no Espírito Santo a ter reajuste abaixo do salário mínimo, conforme A Tribuna revelou na terça-feira (25).

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“Não é (possível), porque não considero gasto. Salário mínimo é o mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, estou desgraçado. Não vou para o céu, ficaria no purgatório”, afirmou o Presidente, sobre os benefícios previdenciários.

Ainda segundo ele, é preciso saber se o “problema” é “cortar ou aumentar a arrecadação”. As declarações foram dadas ao portal Uol.


"Todo mundo quer subsídio. E no aperto (culpam) o salário mínimo, o aposentado, o pescador. A gente não vai permitir isso no País” - Lula, presidente da República


“Gasto está sendo bem feito? Acho que está. Nós estamos fazendo uma análise de onde tem gasto exagerado, que não deveria ter, onde tem pessoas que não deveriam receber e estão recebendo. E com muita tranquilidade, sem levar em conta o nervosismo do mercado, levando em conta a necessidade de você manter política de investimento”, disse o Presidente.

Segundo Lula, a análise do governo considera se um possível corte de gastos no Orçamento do governo realmente é necessário.

“O problema não é que tem de cortar, o problema é saber se precisa efetivamente cortar, ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Temos de fazer essa discussão. O problema no Brasil é que a gente diminuiu muito a arrecadação.”

O governo prepara uma série de medidas para detectar e cortar benefícios irregulares. Entre elas, o Ministério da Previdência Social prevê triplicar daqui até o fim do ano a economia já obtida com o pente-fino nos pagamentos de benefícios iniciado em janeiro.

O ministro Carlos Lupi já havia afirmado que a pasta poupou R$ 750 milhões até o meio de maio. A avaliação é que seria possível obter mais R$ 2,25 bilhões, levando o total economizado no ano a R$ 3 bilhões com suspensão de benefícios por fraude ou erro.

No Espírito Santo, a estimativa é de que 16 mil beneficiários serão chamados para o “pente-fino” realizado pelo INSS.

Real perde valor com declarações

Nas últimas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dado declarações que foram interpretadas por analistas de que o ajuste nas contas públicas será por meio de aumento de arrecadação e não corte de despesas, levando tensão ao mercado.

Isso levou o dólar comercial a encerrar o dia nesta quarta-feira (26) em alta de 1,2%, a R$ 5,51, maior patamar desde 18 de janeiro de 2022, quando a moeda fechou em R$ 5,55.

“No Brasil, a alta do dólar foi impulsionada pelas declarações do Presidente, que sugeriu novamente que o equilíbrio nas contas públicas pode ser alcançado por meio de impostos, e não de cortes de gastos”, comenta Diego Costa, gerente de câmbio da B&T Câmbio.

Lula voltou a criticar o Banco Central, questionou por que a taxa de juros está em 10,5% se a inflação em 12 meses está ao redor de 4% e disse que o mercado financeiro terá de se adaptar à sua indicação para a presidência da instituição.

“Eu não indico um presidente do BC para o mercado. Indico para o Brasil. O mercado, seja financeiro, empresarial ou produtivo, tem de se adaptar a isso. Temos em mente que o Brasil vá bem.”

Reação do mercado é minimizada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou nesta quarta-feira (26) a reação negativa do mercado financeiro aos seus questionamentos sobre cortes de gastos públicos. Disse que o governo perseguirá a meta de inflação e que está disposto a reduzir a tensão no País, mas sem abrir mão de receitas.

“Por quê? Teve reação? Não teve reação, deve ter gostado. Mas quem votou em mim (no mercado financeiro), pode continuar votando”, disse, após a entrevista ao Uol, ao ser questionado sobre o dólar.

Lula afirmou ainda que o governo trabalhará para perseguir a meta contínua de inflação de 3%, definida nesta quarta (26) pelo Conselho Monetário Nacional (CNM). O intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 ponto percentual e a margem continuará de 1,5% a 4,5%.

O governo publicou ontem o decreto que estabelece a meta contínua de inflação. “Não é a primeira vez que a gente discute meta de inflação, é numero a ser perseguido. Vamos trabalhar para levar a inflação para a meta, com 1,5% a mais ou a menos”, disse o Presidente.

Sobre a solução para compensar a manutenção da desoneração para 17 setores da economia em 2024, Lula disse que o governo discute as propostas apresentadas pelo Senado à equipe econômica.

“Estamos dispostos a fazer alguma coisa para que o País não fique tensionado. Não queremos atrapalhar ninguém. Mas o governo não pode só ficar abrindo mão de receita. Todo mundo quer subsídio. E aí, na hora que dá um aperto qualquer, (as pessoas culpam) o salário mínimo, o aposentado, o pescador. Não é verdade. A gente não vai permitir que isso aconteça no Brasil.”

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