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Economia

Federal investiga quadrilha suspeita de praticar pirâmide financeira

Grupo é investigado por falsos investimentos em bolsa de valores e movimentou mais de R$ 200 milhões


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Imagem ilustrativa da imagem Federal investiga quadrilha suspeita de praticar pirâmide financeira
Polícia Federal deflagrou operação |  Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou nesta quinta (28) a Operação Traders. O objetivo é desarticular um grupo que praticava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra o mercado de capitais e de pirâmide financeira em diversas cidades paranaenses, em Santa Catarina, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com a corporação, os investigados se apresentavam como operadores do mercado financeiro (traders, em inglês) para captar economias das vítimas, a pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários. O grupo prometia retornos acima dos praticados no mercado, com lucros de até 6,4%.

“Além de não aplicar na bolsa de valores a integralidade dos recursos, o que era aplicado normalmente resultava em prejuízo”, destacou a Polícia Federal por meio de nota.

As operações eram feitas por meio de pelo menos 22 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado. A organização movimentou mais de R$ 200 milhões.

“Com o passar do tempo e como é natural nesse esquema, os investigados não conseguiam mais honrar os compromissos assumidos, vez que os valores arrecadados não eram de fato investidos em operações de bolsa de valores e, quando eram, não resultavam nos lucros prometidos.”

Cerca de 70 policiais federais e 15 servidores da Receita cumprem 17 mandados judiciais nas cidades de Umuarama (PR), Guaíra (PR), Douradina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Curitiba e Taboão da Serra (SP).

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

De acordo com as investigações, o valor mínimo de investimento que grupo aceitava era R$ 1 mil. “Vale destacar que algumas pessoas investiram cifras que ultrapassaram R$ 1 milhão”, informou a Polícia Federal.

Os valores eram depositados diretamente em contas das empresas investigadas e transferidos, parcialmente, para contas pessoais de líderes do esquema.

A investigação segue em andamento e a Comissão de Valores Mobiliários acompanha as diligências em andamento. Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra o mercado de capitais, contra a economia popular, além de lavagem de dinheiro.

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