Saúde digital: transformando o cuidado com uso de tecnologia
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (19)
O mundo da saúde está testemunhando uma revolução impulsionada por avanços tecnológicos que prometem redefinir o cuidado com os pacientes. Entre essas inovações, destacam-se a Inteligência Artificial (IA), os dispositivos wearables e a telessaúde, cada um trazendo consigo um imenso potencial para melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças.
A inteligência artificial não é mais uma visão futurista, mas sim uma aliada poderosa dos profissionais de saúde. Equipada com algoritmos de aprendizado de máquina avançados, a IA é capaz de analisar grandes volumes de dados em tempo recorde, identificando padrões que podem significar a detecção precoce de doenças.
A utilização de “visão computacional” de alta precisão para ler exames de imagem, diagnosticando cânceres em estágios iniciais, ou algoritmos que ajudam médicos a tomar decisões complexas com mais confiança. Além disso, a IA acelera o desenvolvimento de novos medicamentos, reduzindo anos de pesquisa para meses de descobertas inovadoras.
Os dispositivos wearables, como relógios inteligentes e sensores, estão capacitando os pacientes a monitorar sua própria saúde de forma contínua e em tempo real. Eles coletam dados como ritmo cardíaco, níveis de oxigênio no sangue, padrões de sono e até sinais de estresse, oferecendo mensagens de emergência para o manejo de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Essas tecnologias não apenas ajudam os pacientes a gerenciar melhor sua saúde, mas também permitem aos médicos ajustar tratamentos de forma personalizada e eficiente.
A telessaúde, impulsionada principalmente pela pandemia da covid, está se consolidando como um novo acesso para cuidados médicos. Consultas online não só reduzem as barreiras geográficas para pacientes em áreas remotas, como também oferecem uma alternativa conveniente e acessível para todos. A integração de tecnologias adicionais promete aprimorar ainda mais os diagnósticos remotos, garantindo o cuidado do paciente sem a necessidade de deslocamentos.
Em paralelo aos avanços tecnológicos, as discussões sobre a privacidade e segurança dos dados sensíveis e a necessidade de regulamentação dessas tecnologias pessoais aumentam.
A coleta e tratamento de dados de saúde exigem protocolos robustos para evitar usos indevidos. Normas como a Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), nos Estados Unidos, e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, versam sobre as medidas de segurança visando a proteção dos dados dos pacientes, incluindo a criptografia, anonimização e autenticação de múltiplos fatores.
O desafio agora é garantir que essas regulamentações acompanhem o ritmo das inovações, assegurando um uso ético, seguro e eficaz das tecnologias emergentes. Estamos testemunhando o começo de uma transformação histórica no cuidado médico, onde a inovação e a humanidade caminham lado a lado.
