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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O centenário do governo Florentino Avidos

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (13)

Raphael Teixeira | 13/06/2024, 13:17 13:17 h | Atualizado em 13/06/2024, 13:17

Imagem ilustrativa da imagem O centenário do governo Florentino Avidos
Ponte Florentino Avidos, em Vitória, foi nomeada em homenagem ao engenheiro e ex-governador |  Foto: Leone iglesias / AT

O Dia da Colonização do Solo Espírito-santense deste ano deve ser lembrado também pelo centenário de início de uma das mais bem-sucedidas administrações da história do Estado: a do engenheiro Florentino Avidos (1924-1928).

Ao tomar posse como governador, em 23 de maio de 1924, Florentino contava com o apoio da opinião pública e de todos os grupos políticos. Graças a uma combinação de câmbio favorável, café valorizado, produção e receitas crescentes, a economia capixaba vivia uma pujança inédita.

Vitória passou a exportar a maior parte do café do Sul do Estado, com firmas capixabas se destacando no setor. A capital comercial local se fortaleceu, e o comércio varejista se diversificou e se sofisticou, impulsionado por uma população que crescia e prosperava.

Moacyr, filho do governador, assumiu o Serviço de Melhoramentos de Vitória, acelerando o ritmo das obras na capital. As demolições foram apressadas, com inevitáveis prejuízos ao patrimônio arquitetônico. Ainda em 1924, surgiu o bairro de Jucutuquara; as vias de acesso ao Suá, à Praia Comprida, a Maruípe e a Santo Antônio foram concluídas ou reformadas.

O Centro de Vitória foi transformado rapidamente, com a abertura da Avenida Capixaba, a reforma da Jerônimo Monteiro, a conclusão da Nestor Gomes, a reforma da rua Sete de Setembro e a abertura de várias ruas na sua vizinhança. Soma-se a isso o alargamento e a pavimentação da Ladeira Caramuru, a construção do seu viaduto e a abertura da rua Dom Fernando, além da construção de várias escadarias. Todo o serviço de esgotos e de abastecimento de água foi reformado, e foi construída a rede de drenagem das águas pluviais.

Paralelamente, erguiam-se edifícios públicos: o Arquivo Público e a Biblioteca Estadual; os mercados da Capixaba (hoje, quase todo restaurado, após duas décadas de abandono) e da Vila Rubim; o Grupo Escolar Gomes Cardim (mais tarde, sede da Fafi – a Escola Técnica de Teatro, Dança e Música) e o prédio onde hoje funciona o Maes (Museu de Artes do Espírito Santo).

Além dos investimentos diretos, o Estado contribuiu para a construção, pela iniciativa privada, do Theatro Carlos Gomes e do Hotel Majestic. Completando a urbanização, a prefeitura promulgou um novo Código de Posturas, que fixou normas para as construções, com preocupações sanitárias e modernizantes.

Outro marco do progresso na capital foi a conclusão da ponte ligando Vitória ao continente (as “Cinco Pontes”), tornando a cidade e seu porto acessíveis ao transporte rodoviário e ferroviário. A construção do cais e dos armazéns foi retomada, prosseguindo no governo de Aristeu Borges de Aguiar, o sucessor que Florentino Avidos indicou com facilidade, tamanha era a aprovação ao fim do seu mandato.

Sendo impossível apresentar aqui todos os feitos de Florentino Avidos, destacamos as suas principais intervenções em Vitória, e especialmente no Centro, bairro que tem recebido diversos investimentos públicos e privados, voltando a sonhar com os tempos promissores de um século atrás.

Imagem ilustrativa da imagem O centenário do governo Florentino Avidos
Raphael Teixeira é historiador |  Foto: Divulgação

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