Células-tronco e o tratamento contra a calvície
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (14)
A queda capilar é uma condição comum que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a autoestima e a qualidade de vida dos afetados. A perda de fios pode ser temporária, sendo desencadeada por eventos específicos, como estresse agudo, parto, febre alta, cirurgia ou uso de certos medicamentos. Porém, uma vez que a causa é resolvida ou tratada, o cabelo começa a se desenvolver novamente.
No entanto, o principal motivo da calvície, tanto no homem, quanto na mulher, é a alopecia androgenética, uma condição genética em que a pessoa afetada tem mais sensibilidade ao hormônio DHT, metabólico mais ativo da testosterona. Diferentemente da queda temporária, a alopecia não regride por conta própria e exige tratamentos específicos.
Por décadas, cientistas têm dedicado esforços para encontrar soluções eficazes para combater esse problema. Além dos tratamentos convencionais, como a finasterida e o minoxidil, utilizados para inibir os efeitos do DHT e estimular o crescimento capilar, a indústria farmacêutica também tem explorado novas abordagens para combater a calvície.
Uma dessas inovações, que promete ser uma revolução no tratamento da calvície, é a terapia com exossomos, derivados das células-tronco. Eles têm efeitos anti-inflamatórios, antienvelhecimento e cicatrizantes, com funções regenerativas e imunomoduladoras.
As células-tronco são ricas em DNA, RNA, lipídios e proteínas e liberadas por meio de vesículas que funcionam como reguladores e comunicadores célula a célula, de forma terapêutica, regulando o ciclo capilar, interrompendo a queda e ajudando no crescimento e engrossamento dos fios.
Estudos recentes demonstraram que a extração desses exossomos, que pode ser realizada por meio de micropartículas de células-tronco, de plaquetas ou de outros tecidos do próprio paciente, pode ajudar a tratar a alopecia androgenética, promovendo aumento significativo de células do folículo piloso, permitindo recuperar o cabelo perdido. Atualmente, o Brasil conta com exossomos de origem botânica, vindos da Coreia.
Entre os benefícios do tratamento está a redução do risco de rejeições ou efeitos colaterais. Além disso, o procedimento é minimamente invasivo, com aplicação direta no couro cabeludo. A recuperação é rápida e é uma opção personalizada, uma vez que os exossomos podem ser adaptados às necessidades individuais de cada pessoa.
Embora necessite de mais pesquisas, a terapia com exossomos tem criado esperanças para quem sofre de calvície, melhorando a autoestima, a qualidade de vida e até a saúde mental dos afetados, representando avanço empolgante e mostrando que a ciência está bem perto de vencer a luta contra essa condição.
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