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A armadilha dos jogos de aposta e os impactos nas empresas

Confira a coluna desta terça-feira

Jean Paul Villacís Guerra | 12/11/2024, 16:31 h | Atualizado em 12/11/2024, 16:31

Os jogos de apostas estão afetando não apenas indivíduos, mas as empresas e a sociedade como um todo. A crescente popularidade das apostas no Brasil trouxe entretenimento, mas revelou um lado sombrio: a ludopatia, nome que designa o vício em jogos, que não escolhe classe social, idade ou posição hierárquica.

Imagine um profissional dedicado, que encontra nas apostas esportivas uma forma de relaxar após o trabalho. O que começa como diversão se transforma em necessidade. Pequenas vitórias incentivam apostas maiores, e ele entra num círculo vicioso. Esse é o caminho de muitos que caem na armadilha da ludopatia.

Quando líderes empresariais são afetados, os impactos podem ser devastadores. Decisões impulsivas, atrasos e falta de foco comprometem a capacidade de conduzir a empresa. A confiança dos colaboradores é abalada, gerando desmotivação e queda no engajamento. Em casos extremos, podem ocorrer desvios de recursos para sustentar o vício.

Fora do trabalho, a ludopatia afeta gravemente a família e a sociedade. Relações familiares são tensionadas por dívidas e promessas não cumpridas. O lar é marcado por estresse e conflitos. Filhos sentem-se negligenciados. O isolamento social aumenta. A sociedade sente os reflexos disso por meio de inadimplência, dos crimes relacionados ao desespero financeiro e da sobrecarga nos sistemas de saúde mental.

O que as empresas podem fazer? Uma abordagem proativa é essencial. Estabelecer políticas de ética e conduta que promovam comportamentos saudáveis e ofereçam suporte a quem enfrenta problemas pessoais. Investir em programas de bem-estar e saúde mental ajuda a promover o equilíbrio emocional. Educar líderes e equipes sobre os riscos dos jogos de aposta e como identificar sinais de alerta faz toda a diferença. Disponibilizar canais de comunicação confidenciais permite que colaboradores busquem ajuda, sem medo de julgamentos.

Cultivar uma cultura organizacional que valorize o bem-estar, a transparência e o apoio mútuo é fundamental. A ludopatia é uma questão complexa que exige atenção de todos.

Reconhecer e abordar esse problema é crucial para proteger a saúde dos colaboradores e garantir a sustentabilidade dos negócios. No âmbito pessoal, é vital oferecer apoio aos que enfrentam esse desafio, promovendo redes de suporte que envolvam família e profissionais de saúde.

É importante saber que a recuperação é possível. Buscar ajuda profissional com psicólogos e terapeutas oferece suporte efetivo. Políticas empresariais que permitam licença médica e acesso a programas de tratamento podem fazer a diferença na vida de um colaborador ou líder.

Líderes empresariais, profissionais de Recursos Humanos e todos os membros da comunidade corporativa precisam refletir sobre o impacto dos jogos de aposta nas organizações. Promover ambientes de trabalho saudáveis é uma responsabilidade compartilhada. A ludopatia não precisa ser um tabu. Com diálogo, educação e ações concretas, podemos mitigar os efeitos dela e construir um futuro mais promissor para empresas e sociedade.

JEAN PAUL VILLACÍS GUERRA é especialista em gestão e inovação, pós-graduado em Neurociência

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